Após a decisão que determina a ilegalidade do Projeto Bus Rapid Transit (BRT), a Prefeitura de Palmas ainda pode recorrer. A assessoria da Prefeitura informou, em nota, que "ainda não foi notificada quanto à decisão da Justiça referente à implantação do BRT. E somente após analisar o teor da decisão irá se pronunciar e tomar as medidas judiciais cabíveis".

Porém, em uma rede social, o prefeito Carlos Amastha se manifestou dizendo que em vários meses do processo em Palmas, o juiz não conseguiu identificar nenhuma perícia capacitada e teve que abrir mão sem argumentos válidos. “Tivemos decisão contrária ao BRT, na primeira instância. Não quero pecar por otimismo, porém nos tribunais superiores tem conhecimento de causa”, comentou.

Famílias

Em março deste ano, o Jornal do Tocantins noticiou a situação das famílias impactadas pelo BRT. Na época, a gestão informou que todos os processos para remanejamento das famílias foram abertos em 2015 e ainda estavam em fase de negociação.

Até dezembro do ano passado, 122 famílias manifestaram interesse pela permuta com propriedades do Município conforme estabeleceu a Lei Complementar Nº 322 de 21 de agosto de 2015, que autorizou o Poder Executivo a desafetar áreas urbanas, localizados nos Jardins Janaína, Aeroporto e Aureny III. Porém, até o momento, nenhuma família recebeu o valor de indenização e não deixarão o imóvel sem receber o valor acordado.

Em um Relatório de Diagnóstico Socioeconômico e Territorial realizado pela Prefeitura, serão 216 imóveis afetados, sendo 138 com edificações e 81 lotes vagos, duas igrejas, uma escola e dois equipamentos públicos.

O JTo também conversou com diversas famílias que serão afetadas. Todas se mostraram insatisfeitas e preocupadas com a incerteza sobre onde vão morar e a demora na distribuição e pagamentos dos novos lotes.

A Secretaria Municipal de Acessibilidade, Mobilidade, Trânsito e Transporte (SMAMTT) informou, na época, que diante das demandas e das contrapropostas apresentadas, técnicos da secretaria estariam fazendo um levantamento, a fim de planejar as diferentes soluções para as famílias. O JTo também entrou em contato com a pasta para saber como está a situação das indenizações com as famílias, mas até o fechamento desta edição houve posicionamento.