O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (7) os cinco milhões de casos de Covid-19 ao registrar mais de 31 mil novas infecções nas últimas 24h, totalizando 5.002.357 pessoas infectadas. Das 20h desta terça (6) às 20h desta quarta, foram registradas 733 novas mortes, totalizando 148.304.

As informações são do consórcio de imprensa, iniciativa fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 63, cerca de 3% menor do que a média registrada nesta terça (6). A média, no entanto, ainda está em patamares elevados.

Recentemente, o país chegou a estar em situação de queda da média (em relação à média de 14 dias antes), mas retornou para o patamar de estabilidade dos dados de mortes (o que não significa uma situação tranquila).

A região Sudeste é responsável pela maior parte das mortes registradas nas últimas 24h, com 385 (53%), seguida pela região Nordeste, com 121 mortes (17%) e pela região Centro-Oeste, com 111 (15%).

O Brasil tem uma taxa de 68,7 mortos por 100 mil habitantes, cerca de 3% em comparação a desta terça (6). Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (211.652), e o Reino Unido (42.605), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 64,3 e 63,5 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a Itália, mas a situação se inverteu nas últimas 24h e o país europeu tem agora taxa de mortes por 100 mil habitantes de 69,3.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 82.348 óbitos, tem 62,3 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena muito mais rígida, o índice é de 48,5 mortes por 100 mil habitantes (21.827 mortes).

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​