A volta às aulas presenciais será obrigatória a todos os alunos das redes pública e particular de ensino a partir de segunda-feira (18) no estado de São Paulo.

A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo e confirmada pela Folha.

Com a decisão, que deve ser anunciada oficialmente nesta quarta-feira (13) pelo governador João Doria (PSDB), acaba o rodízio de estudantes nas salas de aula.

Outra mudança é o fim da exigência, a partir do dia 3 de novembro, de distanciamento de um metro entre os alunos, o que levava as escolas a fazer revezamento de frequência.

Como o fim do distanciamento só irá ocorrer em novembro, o secretário de Educação, Rossieli Soares, esclareceu que as escolas estaduais podem continuar recebendo os alunos em esquema de rodízio durante o mês de outubro.

“Quem está organizado em bolhas, recebendo 50% ou 40% dos alunos por dia, pode manter essa organização. Só a partir de novembro é que não vai precisar mais da bolha, porque não vai precisar mais do distanciamento”, disse o secretário.

Na rede pública de ensino, 3,5 milhões de alunos estão matriculados em mais de 5 mil escolas em todo o estado. Desde agosto, elas estão funcionando em esquema de rodízio. Na maioria das unidades, não há espaço suficiente para garantir o distanciamento de 1 metro se todos os alunos forem às aulas no mesmo dia.

O uso de máscara continuará obrigatório para professores, estudantes e funcionários, assim como a utilização de álcool em gel.

Até o momento, a frequência presencial às escolas é optativa tanto na rede pública como na particular.

Segundo Soares, a decisão de tornar o retorno obrigatório ocorre em momento seguro da pandemia. Ele destacou que, além da queda de indicadores de casos, mortes e internações, o estado tem a vacinação bastante avançada.

Dados do governo estadual indicam que 93% dos professores de São Paulo já estão vacinados com duas doses. Também indicam que 90% dos jovens de 12 a 17 anos já tomaram a primeira dose da vacina.

"São Paulo é o estado que mais vacinou no país e teve queda dos indicadores da Covid, o que torna viável a obrigatoriedade da volta dos alunos em sala de aula", disse Doria.

Em Julho, o governador João Doria anunciou a ampliação do funcionamento do comércio em São Paulo e o fim do limite de 35% de alunos nas escolas. Desde então, as instituições de ensino básico podiam atender os estudantes de acordo com seu espaço físico, respeitando apenas a regra de distanciamento de um metro.

Desde o início do processo de reabertura das escolas, a gestão Doria afirmava que o retorno dos alunos ocorreria de forma gradual, de acordo com as fases do Plano São Paulo. Em maio, no entanto, o secretário estadual da Educação, Rossieli Soares, anunciou que pretendia acabar com os limites de ocupação nas unidades para acelerar a volta às aulas.

Levantamento da Folha de S.Paulo mostrou que os maiores colégios particulares se organizaram para atender todos os dias todos aqueles que quiserem frequentar as aulas. Já na rede pública, prevalece o sistema de rodízio, com o máximo de 50% dos estudantes por vez.

No entanto, mesmo autorizadas a atender 100% dos matriculados todos os dias, escolas particulares da capital não viram o retorno de todos os estudantes.