Está marcada para acontece no dia 21 de novembro, às 13h30, a audiência de indenização da jovem Crislânia Pereira de Souza, que teve uma das pernas amputadas após um acidente com uma lancha conduzida pelo ex-auditor fiscal, Humberto Célio Pereira, em setembro de 2017. As informações são da CBN Tocantins.

A audiência de danos morais, materiais e estéticos é a segunda referente ao pedido de indenização da jovem, sendo que a primeira aconteceu em 30 de julho de 2018. Em maio do ano passado, a decisão do juiz Edmar de Paula da 4ª Vara Cível de Palmas, determinou que o ex- auditor indenize a autora com o valor de um salário mínimo mensal, desde a data do acidente até ser mantido seu estado de impossibilidade de retornar as atividades de trabalho.

O valor seria estipulado de acordo com os ganhos que Crislânia mantinha até a data do acidente, quando ela trabalhava como caixa de supermercado. Os gastos passavam de R$ 60 mil, na época do acidente, devido curativos, medicamentos e despesas em geral.

No caso do processo criminal, a defesa aguarda a designação da reprodução simulada dos fatos, que segundo deve ocorrer sem a participação da vítima. A reprodução havia sido requisitada ainda em abril desse ano, mas não tem data para acontecer.

Caso

Crislânia foi vítima de um acidente aquático envolvendo uma lancha no dia 2 de setembro de 2017, próximo à praia de Luzimangues, em Porto Nacional. Durante uma manobra da lancha, a jovem foi sugada pela hélice a e teve a perna esquerda gravemente lesionada. Em consequência disso, ela teve sua perna amputada e ficou internada por mais de dois meses no Hospital Geral de Palmas (HGP), sendo que, desse tempo, durante mais de 70 dias esteve na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Na época, o Ministério Público Estadual (MPE), pela 2º Promotoria de Porto Nacional, acusou o piloto da lancha, o auditor fiscal Humberto Célio Pereira de conduzir a embarcação embriagado e realizar “arrancadas” quando Crislânia subia no veículo. Um vídeo gravado dentro da embarcação mostra o auditor bebendo cerveja antes do acidente. No dia do acidente, Pereira disse que esperou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência resgatar a jovem, entretanto saiu do local antes da chegada da polícia. Somente no dia seguinte ele se apresentou. O autor também negou em seus dois depoimentos à polícia ter ingerido bebida alcoólica.