Em 1991, com poucas ruas e estabelecimentos, Palmas tinha 24.261 habitantes. De lá para cá a cidade cresceu e muda seu cenário urbano a cada dia desde sua fundação. Com o passar do tempo à paisagem da cidade passou a ganhar prédios, condomínios, praças e novos moradores.

Quando completou 21 anos a Capital tocantinense contava com uma população de 228.332, conforme aponta o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. Em 2019, a estimativa do órgão é que a Capital mais jovem do país tinha 299.127 pessoas, ou seja, um crescimento populacional de pelo menos 20% em relação a último censo.

Atualmente, Palmas tem uma taxa de crescimento anual de 1 a 1,2%, sendo considerada saudável pelo Supervisor de Pesquisas e Disseminação de Informação do IBGE no Tocantins, Paulo Ricardo Amaral. “Palmas é uma cidade administrativa, tendo como característica alocar os serviços públicos federal, estadual e municipal, então é natural que tenha um fluxo populacional muito grande no começo, pelo fato de estar se instalando. Mas agora que vem se estabilizando”, explica.

Segundo o supervisor, o crescimento populacional da cidade está se adequando às taxas nacionais. “Palmas nunca deixou de crescer, mas hoje as taxas de crescimento são mais naturais. Explosões demográficas nunca são saudáveis e acabam criando ‘Capadócias, Santo Amaros’, essas grandes aglomerações com pouca assistência”, afirma o supervisor.

IDHM

Apesar de jovem, a última cidade planejada do século 20 no País fica entre os 100 municípios brasileiros com o melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM). Segundo o último estudo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), intitulado "Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013”, o IDHM de Palmas é considerado alto. Com 0,788, a cidade está no grupo entre 0,700 e 0,799.

 O IDH dos municípios vai de 0 a 1: quanto mais próximo de zero, pior o desenvolvimento humano; quanto mais próximo de um, melhor. O índice considera indicadores de longevidade (saúde), renda e educação. Na Capital, a dimensão que mais contribui para o IDHM é Longevidade, com índice de 0,827, seguida de Renda, com índice de 0,789, e de Educação, com índice de 0,749. O aumento populacional de Palmas nos últimos dez anos pode ter relação como IDHM, pois quem preza pela qualidade de vida pode querer escolher um local para morar a partir desses dados.

Segundo o IBGE, em 2017, a taxa de mortalidade infantil média na cidade era de 9.88 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.7 para cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 69 de 139 e 60 de 139, respectivamente. Quando comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 3162 de 5570 e 2889 de 5570, respectivamente.

Se não tiver alteração por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), o IBGE deve realizar neste ano, um novo censo e novos dados da Capital serão coletados, o que pode mudar os números populacionais, econômicos e sobre saúde da cidade.

Economia

Em 2017, ano do último dado apontado pelo IBGE sobre o Produto Interno Bruto (PIB), Palmas tinha um PIB de 8,2 bilhões. Segundo dados da Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado, naquele ano a Capital era responsável por 24,2% do PIB do Tocantins, seguida por Araguaína (11,8%) e Porto Nacional (7,7%). Os últimos dados também apontar que a Capital conta com um PIB per capita de R$ 28.754,00.  Até 2017, o salário médio mensal dos palmenses era de 3.8 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de 49.0%.

O setor de comércios e serviços é o segmento da economia que tem o maior peso no PIB de Palmas. Com 52,16% do PIB, seguido da Administração (22,33%), Indústria (11,26%) e Agropecuária (0,67%).

Em 2019, o comércio na Capital fechou o ano com números positivos, de acordo com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas. Os números foram levantados com a base de dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) Brasil. No período entre janeiro e dezembro, o levantamento da CDL Palmas aponta que 2019 foi o melhor em quantidade de vendas para as lojas palmenses nos últimos três anos. De 2018 para 2019, o aumento foi de 20,4%.

Em 2020, os números no setor começaram animadores, porém com as medidas restritivas e o fechamento do comércio por conta da pandemia eles começaram a cair. No carnaval deste ano, de acordo com dados do SPC Brasil, levantados pela CDL Palmas, o número de vendas foi o melhor dos últimos quatro anos. Se comparado ao do ano passado, as vendas do período de carnaval tiveram um crescimento de 22,6%.

Contudo, o período da páscoa apresentou o pior índice da história na Capital desde que os números começaram a ser monitorados, em 2005. Conforme apontam os números da base de dados do SPC Brasil, monitorados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Palmas. Se comparadas com o ano passado, as vendas de Páscoa caíram 43,7%. Mesmo em comparação ao pior ano em vendas já registrado na Capital, em 2008, as vendas da páscoa 2020 ainda apresentam queda.

O dia das mães, segundo os varejistas é a segunda melhor data do ano para o setor, no entanto, confirmando as expectativas do comércio de Palmas, as vendas em 2020 tiveram uma queda significativa. De acordo com os dados da CDL Palmas, em comparação ao mesmo período do ano passado, o decréscimo nas vendas foi de 45,9%.

Segundo CDL Palmas, a cidade tem 35.993 empresas, sendo 12.053 voltados para o comércio. Dentro desse setor, os principais segmentos são: Artigo de vestuário e acessórios (1.895); Minimercados, mercearias, armazéns (864); Bebidas (461); Cosméticos e perfumaria (413) e Móveis e eletrodomésticos (329).