A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) pediu à Janssen-Cilag Farmacêutica informações sobre os estudos que o laboratório está conduzindo para avaliar a necessidade de doses de reforço da sua vacina contra a covid-19. Atualmente, o imunizante é aplicado em dose única pelo PNI (Programa Nacional de Imunizações). Em nota à imprensa, a Anvisa disse que quer antecipar informações para “avaliar o cenário em torno da necessidade ou não de doses adicionais das vacinas contra covid-19”. A agência também pediu reunião entre os técnicos dos dois lados para debater os dados, acessar estudos em andamento, montar cronogramas e avaliar resultados preliminares.

>> Receba gratuitamente em seu whatsapp notícias de Goiás sobre vacinação, Covid-19, decretos e outras informações relevantes. Clique. <<

Em julho, a Johnson & Johnson, responsável pela Janssen, anunciou que a vacina fabricada pelo laboratório apresenta resultado “forte e persistente com a variante Delta” do novo coronavírus. Nos Estados Unidos, alguns especialistas defendem que quem tomou a vacina da Janssen receba uma dose de reforço com o imunizante da Pfizer ou da Moderna. Na última quinta-feira (19), a Anvisa fez reunião com técnicos da Pfizer também sobre estudos de doses de reforço. A autoridade sanitária acertou com a farmacêutica norte-americana uma agenda permanente para acompanhar dados e estudos.

Um dia antes, na quarta-feira, a diretoria colegiada da Anvisa se reuniu para analisar aspectos da CoronaVac, do Instituto Butantan, como a relação benefício-risco, a indicação da vacina para crianças e adolescentes e a necessidade de uma dose de reforço. A agência decidiu recomendar ao PNI que considere a possibilidade de indicar uma dose a mais, em caráter experimental, para grupos que receberam duas doses da CoronaVac, priorizando públicos-alvo como pacientes “imunocomprometidos” - ou seja, com condições que comprometem sua imunidade - ou idosos.

Na reunião, a diretora Meiruze Freitas ressalvou que, antes de avançar nos debates sobre doses adicionais, é preciso “alertar para a necessidade de ampliação e integralidade da cobertura vacinal a todos os cidadãos aptos”. Freitas afirmou ser prioritário que essa cobertura seja integral, com a aplicação de duas doses ou dose única, conforme a vacina.