A médica anestesista Maria Esmeralda Marchesini Novaes Medrado, aos 72 anos, morreu vítima de Covid-19, após permanecer internada na UTI do Hospital Dom Orione, em Araguaína, onde exercia a profissão desde 1982..
 
Maria Esmeralda perdeu o pai, um capitão da Marinha quando tinha 13 anos, foi criada pela mãe e durante o curso de medicina na Universidade Federal da Bahia conheceu o também estudante Eduardo Medrado, com quem se casou aos 23 anos, quando estavam no sexto ano de formação.
 
Aprovados para residência médica em Brasília apenas Medrado permanece na capital federal. Esmeralda acaba vinculando-se à residência do respeitado anestesiologista José Quinan, irmão do ex-governador de Goiás, Onofre Quinan.
 
Esmeralda Medrado, como era mais conhecida, chegou ao Tocantins nos anos 1980, bem antes da criação do Estado, na companhia do esposo, o também médico Eduardo Medrado, que atuou como secretário estadual da Saúde na década de 1990 e também secretário municipal em Araguaína.
 
Além dos filhos Eduardo, médico veterinário, Elena, médica pediatra, o casl criou também o advogado Fernando, sobrinho de Esmeralda, filho de um irmão dela, cuja esposa morreu no parto, ainda em Barreiras (BA), cidade onde moravam após passagens por Mato Grosso e Rondônia antes de se mudarem para o norte de Goiás.
 
Em nota de pesar, o Sindicato dos Médicos destaca a contribuição pioneira em Araguaína e ao Tocantins e afirma que sua atuação “como mulher de força exemplar, serão sempre lembradas pelos profissionais da saúde, pacientes, amigos e principalmente pelos filhos”.
 
“Coragem e dedicação à medicina e aos pacientes são algumas das condições humanas que a fizeram ser tão amada e respeitada em toda a sua vida, desde a formação em Salvador, sua residência em anestesiologia em Goiânia e sua carreira profissional no Tocantins, ao lado do também médico Eduardo Medrado”, destaca a entidade.