O empresário Rossine Aires Guimarães foi denunciado criminalmente pelo Ministério Público Estadual (MPE-TO) por manter três armas de fogo e 828 munições sem autorização legal dentro da sua residência. Os objetos foram encontrados pela Polícia Federal, em Araguaína, durante cumprimento de busca e apreensão pela Operação Ápia.

A apreensão foi realizada ainda em outubro de 2016, em execução do mandado judicial pela Operação Ápia. A PF investigava desvios em obras de rodovias, mas a operação foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em abril deste ano, .

De acordo com a denúncia do MPE-TO, as armas e as munições poderiam provocar lesões potencialmente graves, mesmo tendo uso permitido ou restrito.

O empresário deverá responder por crimes previstos no Estatuto do Desarmamento, no artigo 12, por posse ilegal de arma de fogo de uso permitido, com detenção de um a três anos, e por posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, com reclusão de três a seis anos de prisão.

Ápia

Em outubro de 2016, uma força tarefa envolvendo Polícia Federal, Procuradoria da República do Tocantins e Controladoria Geral da União (CGU) deflagrou a 1ª fase da Operação Ápia que revelou um esquema de corrupção que envolvia políticos, servidores públicos e empreiteiros. O objetivo de desarticular uma organização criminosa que teria fraudado contratos da ordem de R$ 1,2 bilhão em licitações, celebrados para terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias estaduais entre os anos de 2013 e 2014.

Entre os políticos o ex-governador Siqueira Campos (DEM), que na ocasião teve mandado de condução coercitiva, e o também ex-governador Sandoval Cardoso, que teve mandado de prisão expedido e ficou preso por 16 dias na Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPPP). O ex-presidente da Agência de Máquinas e Transportes (Agetrans) Kaká Nogueira também teve mandado de prisão e ficou 40 dias na CPPP.

Em dezembro de 2017, os deputados federais Carlos Gaguim (DEM) - ex-governador do Estado- e Dulce Miranda (MDB), ex-primeira-dama do Tocantins (esposa do governador cassado Marcelo Miranda), foram ouvidos na sexta fase da Ápia. Todos negam envolvimento.

O Jornal do Tocantins tenta contato com a defesa do empresário.