Mariana Reis
PalmasEmbora o pré-natal seja uma das ferramentas para evitar mortes infantis, o acompanhamento inadequado à gestante não é a principal causa desse problema. Segundo a gerente da área técnica de Saúde da Criança da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Liana Barcelar, das mortes de crianças menores de um ano, 70% podem ser evitadas. “Essa evitabilidade se dá pelo acesso em tempo oportuno a serviços qualificados de saúde, que inclui não só o pré-natal, mas os serviços hospitalares e maternidades”, destacou. No Estado, segundo a Sesau, 19,03 crianças a cada mil nascidas vivas morrem antes de completarem um ano. Dessas, 57,57% vêm a óbito nos seis primeiros dias.
Conforme Liana, segundo a lista brasileira de mortes evitáveis, os óbitos infantis por grupos de causas evitáveis concentram-se nas seguintes causas: atenção ao recém-nascido (31,5%), gestação (13,2% - ao qual se relaciona o pré-natal) e atenção ao parto (10,8%). Para ela, a cobertura das consultas de pré-natal no Estado é considerada satisfatória, mas a qualidade ainda deixa a desejar.
Diferente do informado em matéria sobre o tema publicada no último domingo, não foi Liana, mas, sim, Heloisa Oliveira, administradora executiva da Fundação Abrinq - Save The Children, que informou que mais de 50% das mães tocantinenses fizeram menos de seis consultas de pré-natal, que é o número preconizado pela Organização Mundial da Saúde. Também Heloisa (e não Liana) foi quem afirmou que os casos de morte na infância são menos relacionados à saúde da mãe, mas têm mais ligação a problemas na assistência básica à saúde.
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