O derramamento de óleo que atingiu o litoral do Nordeste e do Espírito Santo chegou ao Rio de Janeiro. O Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA), formado pela Marinha do Brasil (MB), Agência Nacional de Petróleo (ANP) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), informou por nota neste sábado, 23, que na sexta,  22, pequenos fragmentos do material - cerca de 300 gramas - foram detectados e removidos na Praia de Grussaí, em São João da Barra, no litoral norte fluminense.

“O material foi analisado pelo Instituto de Estudo do Mar Almirante Paulo Moreira (IEAPM) e constatado como compatível com o óleo encontrado no litoral da região Nordeste e Espírito Santo”, afirmou o grupo no texto. “Um grupamento de militares da MB já se encontra no local efetuando monitoramento e limpeza. Servidores do Ibama se juntarão a essa equipe no dia de hoje (sábado, 23).”

O balanço do GAA publicado na sexta-feira indicava que eram 724 localidades, entre praias, rios, ilhas e mangues. Com a ocorrência em São João da Barra, o Rio se torna o décimo primeiro estado afetados por fragmentos ou manchas de petróleo cru desde 30 de agosto, além dos nove estados do Nordeste e o Espírito Santo. 

O balanço também aponta que 23 localidades ainda estão com manchas de óleo, outras 428 apresentam fragmentos da substância.

Entenda o vazamento de petróleo nas praias do Nordeste

Óleo se espalha pelos 9 Estados da região. O poluente foi identificado em uma faixa de mais de 2 mil quilômetros da costa brasileira
 
Por unidade federativa, as 451 localidades ainda oleadas se distribuem da seguinte forma: Bahia (202),  Sergipe (73), Alagoas (44), Pernambuco (18), Rio Grande do Norte (15), Espírito Santo (70), Ceará (8), Maranhão (9), Paraíba (1) e Piauí (11).  

A primeira mancha de óleo foi oficialmente identificada em 30 de agosto, no município de Conde, na Paraíba. Quatro dias depois, o material foi encontrado no segundo Estado, Pernambuco, na Ilha de Itamaracá. Em 1º de outubro, a Bahia foi o nono e último Estado do Nordeste a receber óleo, com a primeira mancha identificada na Mata de São João. A mancha chegou ao Sudeste em 7 de novembro, quando foram identificados fragmentos no litoral capixaba. 

Ao todo, foram retiradas mais de 4,5 mil toneladas de petróleo e itens contaminadas com o óleo, tais como baldes e equipamentos de proteção.