A escolha de um candidato para representar o cidadão seja pelo tempo que for deve ser uma atitude consciente, segundo prega o presidente da Comissão de Combate ao Caixa Dois e Voto Consciente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Tocantins (OAB-TO), Carlos Roberto Correia. Ele diz que em todos os anos eleitorais, nos meses que antecedem o pleito, a comissão procura realizar seminários, palestras e debates, principalmente em escolas, visando esclarecer aos eleitores sobre critérios que devem ser observados antes de se decidir a quem vai hipotecar seu voto.“É importante que o eleitor pesquise, leia e se informe antes de votar. Observar se ele - o candidato - não tem alguma implicação legal - principalmente ligada a corrupção - é uma forma eficiente de fazer esta escolha”, diz Correia acrescentando que é importante que o eleitor participe das eleições, exerça seu direito constitucional de votar.“Quem não participa não pode cobrar. A gente sabe que hoje há um desencantamento com os políticos, mas existem ferramentas para combater a corrupção. O eleitor terá sempre a opção de não reeleger candidatos que já demonstraram que são corruptos”, defende ele, dizendo que na preparação para esta escolha o eleitor tem que ter espírito coletivo, não buscar benesses e favores pessoais, para depois poder exercer seu direito a cobrança. “Outra questão é que o eleitor não aceite ser corrompido, porque a corrupção existe do dois lados”, afirma.Em casos de perceber alguma tentativa de corrupção, o presidente da comissão recomenda que o eleitor denuncie direto ao Ministério Público Eleitoral (MPE). “Quem tem direito de representar contra um candidato perante a Justiça Eleitoral são os próprios candidatos, os partidos, as coligações e o MPE. O candidato é que fiscaliza candidato”, diz.