As eleições deste ano, no Tocantins, estão exigindo exercício duplo tanto por parte do eleitor quanto por parte da Justiça Eleitoral. É que além da Eleições Gerais ainda houve o pleito suplementar, que elegeu governador e vice para um mandato tampão que segue até 31 de dezembro, em substituição ao ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e sua vice Claudia Lelis (PV), cassado por denúncia de corrupção.

No entanto, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) garante que todo o processo de organização do pleito de 7 de outubro está transcorrendo normalmente e os prazos sendo cumpridos.

Como já é de rotina, o TRE-TO solicitou forças federais para garantir o pleito nas as aldeias e o Comitê de Segurança Institucional foi instalado na segunda-feira, pelo presidente do Tribunal, desembargador Marcos Villas Boas. Segundo ele, a intenção do comitê é de reafirmar o compromisso com a celeridade e a segurança do processo eleitoral, além de garantir o direito ao voto do cidadão nas Eleições Gerais 2018. O comitê é formado pelas instituições responsáveis pela segurança pública - Exército, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil do Tocantins, Polícia Militar do Tocantins e Corpo de Bombeiros do Tocantins.

No que pese os esforços da Justiça Eleitoral para garantir a lisura do pleito, o cidadão anda desconfiado e não muito inclinado ao voto. É o caso de Clemildes Alves, 36 anos, ambulante, que ainda não definiu seu voto e disse que nem sabe se irá votar neste pleito. A situação ainda é mais complicada por se tratar de uma eleição em que o eleitor terá que escolher pelo menos seis candidatos: presidente, governador, dois senadores, deputado estadual e deputado federal.

Neste contexto alguns eleitores decidiram exercer o direito ao voto parcialmente, como é caso da técnica de enfermagem Daniela dos Santos, de 20 anos. A jovem disse que está muito consciente de como definiu seu voto e levou em consideração características como não envolvimento com corrupção e capacidade de cumprir promessas feitas em campanha. “Tenho certeza que vou votar para deputado estadual. Tenho um candidato que já conheço e em quem confio. Escolho meu candidato pelo caráter que ele apresenta”, afirmou Daniela, garantindo que se votar nos demais levará em conta o mesmo padrão de escolha.

E neste cenário, os candidatos precisam se esforçar para se tornarem conhecidos e convincentes, pois o recado da Eleição Suplementar do Tocantins em junho deste ano foi claro, o cidadão não está motivado a votar.

No entanto, o secretário de Tecnologia da Informação do TRE-TO, Jader Gonçalves, diz que a instituição trabalha com expectativa otimista e avalia que nesta Eleição Geral os eleitores participarão mais. “Já preparamos as equipes para atuarem nos locais de maior movimento. Certamente será um cenário diferente da Eleição Suplementar. Estimamos que sejam 159 segundos ou dois minutos e meio para o voto, desde a entrada na seção, até a conclusão do voto”, avalia Gonçalves. Ele diz que o custo estimado para esta eleição é de R$ 13,024.881,00. “O custo estimado por eleitor é R$ 12,52”, informa Gonçalves.