O Tocantins chegou aos 33 anos de existência enfrentando, como todo o mundo, a pandemia de Covid-19 que afetou o planeta desde meados do ano passado. Uma condição epidemiológica que mexeu com a economia mundial, fez oscilar o comércio internacional, mas que trouxe uma ascensão do Estado de uma posição no ranking brasileiro tanto de exportações quanto de importações.

É o que mostram os dados do Ministério da Economia, consultados pelo JTo, com os valores auferidos nas exportações e importações. O critério da análise não é do domicílio fiscal, que é referente à sede da empresa exportadora ou importadora, mas considera os Estados de origem e destino declarados do produto.

As exportações tocantinenses somam US$ 1.380,7 bilhão de dólares de janeiro a agosto deste ano (mês mais recente) e representa uma variação de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado. 

O valor significa 0,7% de participação no total de exportações do país de janeiro a agosto de 2021, o suficiente para colocar o Estado na 16ª posição no ranking de exportações brasileiras.

Uma posição acima de 2020, quando a variação, em milhões de dólares, em relação a 2019 nos mesmos meses resultou num crescimento de 23,2%. Em um ano pandêmico, o Estado obteve, 7,7 pontos percentuais de crescimento nas exportações.

A ascensão de uma casa também é registrada nas importações, que somam US$ 357,6 milhões de janeiro a agosto deste ano. Uma variação de 327,8% para o mesmo período do ano passado.  Nesse aspecto, o Tocantins representava 0,2% das importações brasileiras em 2020. Agora, em 2021, representa 0,3%.

Em agosto do ano passado, o Estado somava US$ 253,8 milhões e representava uma alta de 44,8% em relação ao ano anterior, mas o Tocantins ocupava o 22º lugar no ranking de importações, diante de um saldo superavitário final de US$ 1.114,5 bilhão.

Neste ano, o valor corrente, até agosto, é de US$ 1.738,3 bilhão, 52,7% a mais que o ano anterior e o suficiente para colocar o Tocantins em 21º no ranking de importações, com superávit (saldo), de janeiro a agosto de 2021, de US$ 1.023,1 bilhão.

Exportações tocantinenses quase triplicam em uma década

A última década tem sido favorável ao comércio exterior do Estado.  As exportações tocantinenses tiveram um incremento de 298% de 2010 até o ano passado. Em 2010 anos, o valor das exportações, em US$ milhões de dólares alcançou o valor de US$ 344 milhões e cresceram pontualmente até 2016, quando houve uma redução de 29,8% para 2015, a retração mais forte do intervalo. 

Voltou a crescer em 2017 e 2018, ano em que superou a casa de US$ 1 bilhão pela primeira vez, oscilou negativamente em 2019 e chegou a US$ 1,37 bilhão no ano passado, quando o valor negociado superou em 23,20% o total do ano anterior.

No mesmo período, as importações oscilaram 6,72%. Dos US$ 238 milhões de 2010 para US$ 254 milhões do ano passado. No intervalo, as maiores alta ocorreram em 2013, com 46,7% a mais do que 2015 e no ano passado, com 44,80% em relação a 2019.

Soja é o produto mais vendido lá fora e combustíveis lideram compras

A soja é o principal produto exportado pelo Tocantins, dominado 75% das vendas no exterior, que chegam a US$ 1,38 Bilhão. Gerou uma receita até agora de US$ 1,039 bilhão de dólares. De janeiro a agosto deste ano, soja apresentou um crescimento de 34,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. 

Por ser um estado conhecido como criador de gado, o segundo produto mais vendido ao exterior é a carne bovina, semento que representa 18% do total exportado até agora, com uma receita de US$ 248 milhões. Em 2021, a venda de carne bovina cresceu 20,6%.

Na outra ponta, a das importações – compra de produtos lá fora por empresas instaladas no Tocantins – os óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos são responsáveis por 55% do total importado no ano. Representa um crescimento de 1,65% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Na lista do segundo produto mais importado estão os adubos e fertilizantes e significa 16%  de todas as importações tocantinenses, com um total de US$ 58,2 milhões. Até agosto, os adubos apresentaram um crescimento de 55,3% em relação ao ano anterior.