O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou a soltura do banqueiro André Esteves nesta quinta-feira (17), mas manteve a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), do seu chefe de gabinete Diogo Ferreira e do advogado Edson Ribeiro.

Teori, porém, determinou medidas restritivas de liberdade para Esteves, que deixou o comando do BTG Pactual após ser preso, mas o Supremo não deu detalhes sobre quais seriam elas.

Em sua argumentação, o ministro considerou frágeis as provas contra André Esteves porque não ficou comprovado que ele participou efetivamente de uma reunião no Rio com o advogado do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró, Edson Ribeiro, na qual discutiriam o pagamento de uma mesada para manipular a delação de Cerveró.

Teori também considerou, como informado pela colunista da Folha de S.Paulo Mônica Bergamo, que a busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nos endereços de Esteves não trouxeram elementos que apontassem cabalmente para o envolvimento dele no suposto esquema para manipular a delação de Cerveró.

Delcídio, Esteves e Diogo Ferreira estão presos desde o último dia 25, após o filho de Cerveró, Bernardo, ter entregue uma gravação aos investigadores na qual o senador discutia o auxílio financeiro ao ex-diretor e também um plano de fuga. O advogado Edson Ribeiro foi preso dois dias depois, porque estava em viagem nos Estados Unidos.

O ex-diretor Nestor Cerveró fechou delação premiada com o Ministério Público Federal e, dentre outras coisas, aponta pagamento de propina para Delcídio.