O Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE) emitiu parecer favorável e pede explicações ao prefeito de Taguatinga, Paulo Roberto (PSD), por descumprir prazos de envio ao Legislativo Municipal, da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA), do Plano Plurianual (PPA) e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para os exercícios de 2022 e 2023. A denúncia foi apresentada pelo vereador do município, o Professor Edilson Luiz Rocha (PSD).Questionado se lhe causava algum desconforto os dois serem do mesmo partido numa denúncia de possíveis irregularidades nas contas do Município, o vereador Professor Edilson Rocha disse que percebeu no prefeito “uma total divergências de ideias e na forma de governar, que é antiga e autoritária. Fui eleito na base, só que isso não significa que não vou fazer o meu papel de fiscalizador”.Edilson Rocha destaca que as matérias orçamentárias deveriam chegar em abril para apreciação dos vereadores, mas em dois anos consecutivos o Executivo enviou no mês de novembro. “A Constituição Federal estabelece que a LDO tem que ir para o Poder Legislativo no dia 15 abril de cada ano, devolvida no mais tardar 17 de julho. Os 3 meses são para o Legislativo analisar quanto o Poder Executivo pretende arrecadar e em que ele pretende gastar. A LDO é a Lei que orienta a elaboração do PPA e da LOA, porém, elas chegam juntas”, afirma o vereador.Procurado, o prefeito de Taguatinga Paulo Roberto Ribeiro (PSD) não respondeu se já apresentou alegações de defesa ao tribunal sobre a transparência da sua gestão. Recentemente a associação dos tribunais de contas fez um levantamento e, dos 139 municípios, Taguatinga encontra-se na posição 115, com um índice intermediário de 73,23% de transparência. Apenas dois municípios alcaçam 100% na transparência pública no Tocantins.