Após a saga do inquérito – agora arquivado, sobre os outdoors que comparavam o presidente Jair Bolsonaro a pequi roído em outdoor, a defesa do sociólogo Tiago Costa Rodrigues apresentou uma representação de Notícia-Crime contra o Advogado-Geral da União André Mendonça. O pedido foi enviado ao procurador-geral da República nesta segunda-feira, 3. Esse pedido é mais um desdobramento do inquérito da Polícia Civil que investigaria o sociólogo por suposto crime de injúria referente à instalação de outdoor que comparou o presidente da a um “Pequi Roído”, em Palmas. Fixado ainda em agosto de 2020, a peça publicitária dizia que Bolsonaro é um “Cabra à toa e não vale um pequi roído”. Já em março, André Mendonça solicitou que a Polícia Federal investigasse o caso. Após várias idas e vindas, o Ministério Público Federal arquivou o inquérito ao considerar que não houve crime somente manifestação de insatisfação política na manifestação do sociólogo. Conforme o documento da Notícia-Crime, o sociólogo requer a abertura de inquérito criminal do então ministro da Justiça e Segurança Pública para a investigação da prática dos crimes de advocacia administrativa, prevaricação e abuso de autoridade. No pedido, os advogados de Rodrigues relatam o ocorrido e ainda apresentam evidências sobre a insatisfação da população, conforme pesquisa, com a atuação de Bolsonaro, na época da eclosão da situação e emergência devido a pandemia da Covid-19. Ainda no pedido, devido a repercussão do caso judicialmente, a Notícia-Crime afirma que o sociólogo sofreu “toda sorte de repercussões psicológicas e físicas negativas, decorrentes de ofensas morais e ameaças à sua integridade corporal praticadas por terceiros apoiadores do então MJSP e do Presidente da República, os quais endossaram tais acusações ilegais, de modo que as condutas aqui descritas são relevantes para o direito penal, razão pela qual se pede a investigação pormenorizada da autoridade ora denunciada”, diz o documento. Saiba tudo sobre esse caso aqui.