A prefeitura de Colinas do Tocantins, a 270 km de Palmas, noroeste do Estado ainda não quitou direitos trabalhistas dos servidores comissionados exonerados pelo prefeito Dr.Kasarin (PSL) em janeiro deste ano.É o caso do ex-diretor de habitação do município Wanderson Ferreira Lima e da ex-gerente de mobilização municipal Joelma da Silva Santos. Ambos tiveram a exoneração assinada pela portaria 013, de 7 de janeiro de 2021, com efeitos retroativos ao dia 4 daquele mês.Passados seis meses jamais tiveram os diretos como férias vencidas e 13º proporcionais quitados pela gestão nem foram procurados pela prefeitura. A antiga diretora de mobilização também fez um pedido administrativo, protocolado no dia 16 de junho. “Foi a última vez que procurei a prefeitura amigavelmente, depois de várias tentativas e jamais tive resposta”. Segundo a ex-servidora, ela passou a cobrar o pagamento publicamente em suas redes sociais. “Depois disso aliados do prefeito passaram a me atacar dizendo que eu expus o prefeito, mas a verdade é que não querem fazer nosso acerto”.Joelma afirma que não sabe exatamente o valor a receber, mas sua ficha financeira aponta que o maior montante é de férias vencidas e 13º proporcional que somariam cerca de R$ 7,9 mil.Wanderson Lima conta que protocolou no mês de junho um requerimento em que pede o acerto. “No meu caso eu fiz o requerimento há alguns dias e estou aguardando o posicionamento deles”, afirma. Ele estava em viagem quando falou com a reportagem e disse não se lembrar dos valores exatos que afirma ter direito.Procurada desde a semana passada por e-mail e telefone, a gestão de Dr. Kasarin não quis se manifestar sobre o assunto até a publicação da matéria.Às 14h37 a gestão enviou uma nota (abaixo) em que afirma que os dois servidores citados na matéria deveriam ter sido exonerados na gestão anterior. Também afirma que propôs um acordo para pagamento, não detalhado na nota, e que está apurando se eles realmente prestaram serviço ao município.NotaA Prefeitura de Colinas (TO), vem a público esclarecer que durante a transição de Governo ficou acertado que a gestão anterior iria providenciar a rescisão e exoneração de todos os contratos temporários e cargos comissionados, até dezembro de 2020. Ocorre que ao assumir em janeiro, a nova gestão detectou vários casos de inadimplência com salários de servidores efetivos, referentes a folha de dezembro 2020, além de dois servidores ocupantes de cargos de confiança que não haviam sido exonerados em dezembro, sendo eles a Sra Joelma da Silva Santos e o senhor Wanderson Ferreira Lima. Fora determinada então as exonerações deles, e a apuração da efetiva prestação dos serviços, com a finalidade de prevenir dano ao erário, fato este que ainda está em curso.Assim, foi priorizada a regularização dos salários atrasados dos servidores efetivos da Prefeitura, cujos pagamentos só foram finalizados em Maio deste ano, considerando se trataram de valores expressivos. Informa ainda que o município possui interesse em negociar os débitos das rescisões, uma vez atestada sua legitimidade, sendo que já fora inclusive ofertada proposta a Sra. Joelma, que a recusou.