Atualizada às 20h01

Com 44 votos contra e 14 a favor, foi rejeitado, nesta quarta-feira (30), o pedido de votação em caráter de urgência, no Plenário do Senado Federal, o pacote de medidas anticorrupção. Com a decisão, a medida segue para avaliação da Comissão de Constituição e Justiça.

A urgência era um pedido do presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), que abriu a sessão às 19h10. O documento foi assinado pelas lideranças do PMDB, PSD e PTC. Os senadores contrários alegaram desconhecer o texto polêmico proposto pela Câmara dos Deputados, nesta madrugada, de punir juízes e magistrados por abuso de autoridade. 

A reação de Renan se deu após as manifestações dos procuradores, que criticaram a votação da Câmara e chegaram a afirmar que deixariam a Lava Jato caso as medidas fossem sancionadas.

Logo em seguida, Renan deu nova declaração, visivelmente irritado. Disse que a votação do pacote "é uma decisão sobre a qual não pode haver pressão externa" e que "não se pode fazer cadeia nacional para pressionar por nada que absolutamente conteste, esvazie o estado democrático de direito.

Pela primeira vez, a sessão foi transmitida pela TV Senado, Youtube e também Facebook. Renan Calheiros havia anunciado a participação do juiz Sérgio Moro.