O secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, Fabio Wajngarten, afirmou em entrevista ao Poder em Foco que a comunicação do governo será unificada. Os secretários da área dos 22 ministérios de Jair Bolsonaro farão reuniões semanais já a partir de março, disse.

O chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social) do Planalto declarou que a estratégia do órgão é que o governo inteiro tenha “caminhos comuns” de interesse. “Menos individualizações e mais trabalhos coletivos”, defendeu.

Wajngarten pretende que a comunicação pública federal tenha 1 discurso uniforme. “Não dá para uma pasta ter uma opinião e a bandeira do governo ser a opinião contrária (…). Não adianta o presidente caminhar para 1 lado, o ministro para o outro e o secretário caminhar para uma 3ª direção”, disse.

As declarações foram dadas em entrevista ao jornalista Fernando Rodrigues, apresentador do Poder em Foco, na última quinta-feira (6).

O tema mais recorrente na entrevista, entretanto, foram as respostas do publicitário  a perguntas sobre as acusações de conflito de interesses feitas contra ele.

Após assumir a Secom, Wajngarten permaneceu com 95% das cotas da empresa FW Comunicação e Marketing, que recebe dinheiro de agências e emissoras que mantêm contrato com o governo.

Logo no início do programa, foi lido por Fernando Rodrigues um relato detalhado com todas as acusações contra Wajngarten. Nada foi omitido. O secretário ouviu atentamente e negou ter cometido irregularidades.

O principal argumento do secretário em sua defesa é que a empresa da qual é sócio trabalha com fornecimento de dados “sem relação com distribuição de verbas”. Declarou que “não há sinergia entre dado de investimento publicitário, de inserções publicitárias e de veiculações publicitárias com veiculação de verba da Secom”.

O secretário não enxerga conflito de interesses em sua atitude, diz que fez tudo o que o Planalto o recomendou quando assumiu a função, em abril de 2019. Confrontado com suas respostas no formulário da Comissão de Ética Pública da Presidência, negou ter omitido dados.

Wajngarten disse que não teve atividades nos 12 meses antes de entrar para o governo que poderiam representar conflito de interesses. Seu argumento é que suas operações não tinham relação com venda de espaço publicitário, mas apenas monitorar a publicação e veiculação de propaganda. As respostas estão no trecho abaixo deste post que trata de “conflito de interesses“.

Num determinado trecho da conversa, o secretário afirmou que pensou em deixar o governo após as acusações. No entanto, a ideia ficou no passado.

“Um presidente que supera uma facada e três cirurgias e mesmo assim está governando. Saiu vitorioso de uma eleição tão combativa, que direito eu tenho de desistir? Que direito eu tenho?”

O secretário afirmou que o foco das verbas publicitárias da Secom é a “economicidade”. A estratégia de sua administração, diz, é “descentralizar os gastos” atingindo o mesmo número de pessoas.

Houve mudança no padrão de gastos com as principais emissoras de TV do Brasil no primeiro ano do governo Bolsonaro, favorecendo Record e SBT. Segundo o secretário, essa mudança de valores se deu porque em algumas campanhas publicitárias federais optou-se por fazer merchandising com apresentadores lendo os anúncios, modalidade de propaganda que a TV Globo não teria aceitado.

O publicitário afirmou que pretende ficar oito anos no cargo, dizendo que espera a possível reeleição do presidente Jair Bolsonaro.

O ex-secretário de Cultura Roberto Alvim, demitido em 17 de janeiro depois de discurso semelhante a pronunciamento do ministro da propaganda nazista Joseph Goebbels (1897-1945), também foi mencionado na entrevista. O chefe da Secom afirmou que Alvim “é uma boa pessoa” e “não teve a intenção de ofender ninguém”. Wajngarten é judeu e auxiliou Bolsonaro a se aproximar da comunidade judaica durante as campanhas para a eleição de 2018.

Leia a seguir o relato sobre temas tratados na entrevista:

CRITÉRIO DE PUBLICIDADE: ECONOMICIDADE
Wajngarten disse que a Secom busca o “valor mais econômico” para investir em todos os meios de comunicação. Emissoras com menor audiência receberam mais em publicidade em 2019, o que motivou críticas de que o governo estaria favorecendo TVs com atitude mais favorável ao governo.

Wajngarten rebateu as críticas, dizendo que “todos os veículos têm uma cobertura similar” e “atingem o Brasil inteiro”, o que justificaria a “descentralização”.

“Onde veículos teriam cobertura e alcance, a gente utilizou meios mais baratos. Onde veículos não tinham o alcance e a cobertura para atingir o público alvo que a gente desejava a gente usou outro veículo, um pouco mais caro”. 

O chefe da Secom afirmou que a estratégia do governo de Jair Bolsonaro é uma comunicação “descentralizada e regionalizada”: “Um cidadão do Amazonas não quer saber o que está acontecendo em São Paulo. Um cidadão do Rio de Janeiro não quer saber o que o varejo do Mato Grosso está comercializando”.

A Globo foi a emissora com maior queda em verbas de publicidade de 2018 a 2019, mesmo sendo líder de audiência. Foram 60% a menos.

Wajngarten afirmou que essa queda nas verbas se deu porque a Globo –em 2019– era a única emissora que não aceitava merchandising –que é a propaganda inserida dentro do programa de alguma personalidade.

Quando foi formulada a campanha para divulgação da reforma da Previdência, segundo Wajngarten, a agência responsável solicitou a publicidade nesse formato e a estratégia foi considerada mais apropriada pelo governo. A “reforma da Previdência foi aprovada“, diz o secretário para resumir por que acredita que o caminho adotado foi o correto.

A estratégia geral foi usar menos propagandas em redes nacionais de TV e mais comerciais nas emissoras regionais.

Dessa forma, o valor pago foi realmente muito menor para as redes de TV –que tiveram pouquíssimos comerciais transmitidos com abrangência nacional (os mais caros). Mas houve um aumento no número de propagandas apenas em regiões específicas –de modo atingir todo o território brasileiro, como mostram os quadros acima.

É fácil perceber por que a TV Globo recebeu menos verbas. Os três comerciais transmitidos em rede nacional pela emissora em 2019 custaram R$ 673,9 mil cada inserção.

Nos canais ligados à Globo em que a Secom colocou comerciais apenas transmitidos regionalmente o custo de uma inserção saiu na faixa de R$ 2.900 a R$ 4.000. Ou seja, valores muito mais baratos do que se fossem transmitidos ao mesmo tempo em todo o país.

Na prática, entretanto, o efeito é o mesmo: o comercial regional muitas vezes aparece no mesmo intervalo da programação em que são veiculadas propagadas nacionais. O mesmo público naquela localidade assiste a ambos.

Os quadros que estão aqui neste post foram todos fornecidos por Wajngarten.

“MUITOS TENTARAM” CHANTAGENS POR PUBLICIDADE
Em nota publicada em 15 de janeiro deste ano, a Secretaria de Comunicação criticou reportagem do jornal Folha de S.Paulo e declarou que não se submete “a chantagens de qualquer espécie”.

Wajngarten afirmou na entrevista que há “determinados veículos de comunicação” atacando o governo de forma “mentirosa” e “leviana”.

Indagado especificamente se houve chantagem, respondeu: “Muitos tentaram fazer isso [chantagear].Tentaram coagir através de ataques contínuos. E isso não será tolerado e não nos abalará”. O secretário não quis dar os nomes dos veículos que considera ter praticado chantagem.

DINHEIRO PARA BLOGS: “NENHUM REAL”
Fabio Wajngarten negou que a Secom pague blogs e jornalistas conservadores para defender o governo do presidente Jair Bolsonaro.

A revista IstoÉ publicou reportagem em sua edição impressa de 24 de janeiro com o título “A volta do encrenqueiro”, em referência ao vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ). Na publicação, a revista afirma que o filho 02 do presidente “forçou” o chefe da Secom, Fabio Wajngarten, a destinar cerca de R$ 100 mil por mês ao jornalista Allan dos Santos, do site Terça Livre.

A Secretaria de Comunicação da Presidência já havia negado o repasse, o que foi reiterado na entrevista ao Poder em Foco: “A Secom não investiu nenhum real em nenhum blog até o presente momento”.

CONFLITO DE INTERESSES
Em janeiro deste ano, reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontou possível conflito de interesses na participação de Fabio Wajngarten como sócio da empresa FW Comunicação. O texto aponta que a companhia do secretário tem como clientes emissoras de televisão e agências que recebem recursos de publicidade do governo federal.

A legislação diz que ocupantes de cargos comissionados no governo não devem manter negócios com pessoas físicas ou jurídicas que possam ser afetadas por suas decisões. A prática pode implicar conflito de interesses e configurar ato de improbidade administrativa, caso demonstrado algum benefício indevido.

Wajngarten negou as acusações. Afirmou que tem “sido perseguido” injustamente pela Folha de S.Paulo.

“Todos sabem que eu só cheguei na Secom, convidado pelo presidente Jair Bolsonaro, por conta da minha atividade profissional em São Paulo. Há 22 anos, tenho uma empresa que fornece dados de veiculação de inserções publicitárias para o mercado publicitário.”

Afirmou que, ao ser nomeado ao cargo, pediu orientações ao Palácio do Planalto e para todos os órgãos de controle da Presidência da República. Foi aconselhado naquele momento a se retirar do controle da administração da empresa.

“Então, naquele momento, foi solicitado que eu me afastasse do quadro administrativo da gestão da empresa. Prontamente fiz.” 

Outra reportagem, também da Folha de S.Paulo, relata que o chefe da Secom teria omitido informações em questionário assinado por ele em 14 de maio de 2019. No documento, Wajngarten foi questionado se exerceu ou ocupou postos com atividades econômicas ou profissionais nos 12 meses anteriores à ocupação do cargo que poderiam representar conflito de interesses. Ele respondeu que não.

Questionado diretamente sobre essa acusação durante a entrevista ao Poder em Foco, o publicitário afirmou que “cumpriu absolutamente” o que diz a lei. “Quando na nomeação, cumpri a recomendação do Palácio do Planalto. Bem como o que a lei determina, que é se afastar do quadro administrativo da empresa.”

Wajngarten explica que sua empresa não vende nem compra ou intermedeia  verbas publicitárias. A atividade é apenas de monitorar se comerciais são ou não transmitidos pela mídia eletrônica. A FW, por exemplo, é contratada por empresas que precisam saber se as suas publicidades de fato foram veiculadas.

Para o secretário, essa é uma operação completamente diferente de uma agência de propaganda e não tem relação com a atividade que desempenha da Secom. Além disso, ele informa ter se afastado da parte administrativa e gerencial da FW (mantém-se como acionista de 95% do empreendimento). Por causa dessas providências diz ter convicção da inexistência de conflito de interesses.

Ainda assim, a Polícia Federal abriu inquérito em 4 de fevereiro para investigar Fabio Wajngarten a pedido do MPF (Ministério Público Federal). O processo apura se houve prática de crimes de corrupção passiva, peculato e advocacia administrativa.

O secretário afirmou acreditar que será inocentado em todos os processos contra ele: “Vai ficar provado isso em toda investigação da Comissão de Ética, do TCU e do processo que o Ministério Público pediu à Polícia Federal que abrisse contra mim”.

“Nunca tive um processo no meu nome em 44 anos de vida. Nunca entrei em um tribunal.”

TRANSPARÊNCIA NA PUBLICIDADE: “É POSSÍVEL”
O chefe da Secom se mostrou simpático à ideia de disponibilizar um sistema com todos os dados sobre gastos de publicidade relacionados ao governo.

De 1999 a 2016, as despesas eram elencadas em um sistema integrado, com informações sobre gastos de empresas do setor público na administração direta e indireta. A plataforma foi extinta na administração de Michel Temer em 2017. Wajngarten afirmou que criar 1 sistema semelhante é “possível” e será “estudado”.

Os dados do ano 2000 a 2016 indicam que as empresas do Grupo Globo receberam R$ 10,2 bilhões da União. Nesse mesmo período, a TV Record recebeu R$ 3 bilhões. O SBT, R$ 2,6 bilhões. A Bandeirantes ficou com R$ 1,8 bilhão. Rede TV! teve R$ 625 milhões.

De 2017 em diante, o governo nunca mais divulgou dados agregados sobre publicidade estatal federal.

NA SECOM: “ESPERO QUE SEJAM 8 ANOS”
O secretário defendeu seu trabalho à frente da Comunicação do governo e afirmou que “espera” ficar oito anos no comando da Secom, indicando apoio a uma possível reeleição de Jair Bolsonaro.

O presidente já afirmou, também em entrevista ao Poder em Foco, que é real a chance de disputar a reeleição em 2022: “Se eu estiver bem, eu disputo”.

Bolsonaro anunciou a criação de um partido em 12 de novembro de 2019. Pretende conseguir 492 mil assinaturas para validar o registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) até abril deste ano. Caso o processo seja encerrado até 4 de abril, a legenda estará apta a disputar as eleições municipais deste ano.

A sigla poderá servir para que Bolsonaro se candidate à reeleição. O chefe do executivo deixou seu antigo partido, o PSL, no ano passado.

PENSOU EM SAIR? “PENSEI”
Depois de acusações sobre conflito de interesses, Fabio Wajngarten afirmou que pensou em deixar o governo. Leia o trecho da entrevista:

Poder360 – O senhor chegou a pensar em sair do governo e acabar com tudo isso [acusações de conflito de interesse]?
Wajngarten –
Foi um dos momentos mais difíceis da minha vida.

Pensou [em sair do governo]?
Pensei.

Está pensando ainda?
Não, não estou. Sabe por quê? Eu tenho muito orgulho do presidente. Um presidente que supera uma facada e três cirurgias e mesmo assim está governando e saiu vitorioso de uma eleição tão combativa, que direito eu tenho de desistir? Que direito eu tenho?

O secretário afirmou também que, se o relatório da Comissão de Ética da Presidência sugerir seu afastamento temporário, ele atenderá a solicitação “imediatamente”.

“Eu confio na Comissão de Ética. Todos os esclarecimentos que me pediram serão respondidos ou foram respondidos. Se surgirem sugestões ou novas obrigações, serão imediatamente atendidas. Se sugerirem novas formas de conduta de minha parte, serão imediatamente acolhidas.”

BOLSONARO: “AMÁVEL” E “APAIXONANTE”
Wajngarten também comentou declarações controversas de Bolsonaro dirigidas a veículos de comunicação e a jornalistas.

Em 6 de janeiro de 2020, o presidente afirmou, ao sair do Palácio da Alvorada, que jornalistas são uma “espécie em extinção”. A declaração foi rechaçada por entidades de imprensa.

Bolsonaro também foi criticado por falar, em 20 de dezembro de 2019, que 1 dos jornalistas que fazia perguntas a ele em frente ao Alvorada tinha “cara de homossexual terrível”.

Wajngarten não analisou a declaração em si, mas disse que o presidente é uma pessoa “muito amável”, “carinhosa” e “brincalhona”. Completou: “Todo mundo que conhece o presidente se apaixona pela pessoa dele.” 

INTRIGAS NO PLANALTO: “ATIVIDADE PROFISSIONAL”
Fabio Wajngarten trabalha dentro do Palácio do Planalto, em sala próxima à de Jair Bolsonaro (fica no 2º andar, um abaixo de onde está o gabinete presidencial). O publicitário falou durante a entrevista de possíveis “intrigas” que envolvem funcionários e pessoas próximas do governo.

Afirmou que há pessoas dentro e fora do Planalto que criticam sua atuação à frente da Secom: “Ninguém é unânime. Mas vai de cada pessoa ser profissional e amiga. Quem planta o bem, colhe o bem. Cada um tem sua religiosidade”.

O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, já criticou mais de uma vez a comunicação do governo. Em 25 de dezembro, afirmou ser “lamentável” que a área não faça “nada”.

REGINA DUARTE “AINDA EM FEVEREIRO”
O chefe da Comunicação do governo indicou que a nomeação da nova secretária da Cultura deverá ser formalizada ainda neste mês (fevereiro de 2020). “Estou em contato com ela quase que diariamente. A Secom está à disposição.”

Regina Duarte assumirá o posto de Roberto Alvim, demitido após de parafrasear Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler.

O chefe da Secom é amigo de Alvim. Afirmou que o ex-secretário é “uma boa pessoa” e “não teve intenção” de ofender ninguém, “muito menos a comunidade judaica”, da qual Wajngarten faz parte.

BOLSONARO CRITICA “QUEM O ATACA NA MÍDIA”
Wajngarten afirmou que o presidente valoriza a relação com jornalistas e com a imprensa, mas que “critica os veículos que costumeiramente e continuamente o atacam”.

Para o chefe da Secom, Bolsonaro é perseguido por parte da imprensa “escandalosa”. Ele afirmou que o presidente tem comunicação intensa com empresários do setor e veículos de mídia.

“A gente vive a era da manchete escandalosa e fantasiosa em busca do clique a qualquer custo. A monetização desses veículos digitais se dá em função da maior quantidade de cliques.”

DEMOCRACIA EM VERTIGEM: SECOM DEFENDE O BRASIL
Em 3 de fevereiro, a Secom rebateu declarações da cineasta Petra Costa e a chamou de “militante anti-Brasil”. Por meio da conta oficial publicada no Twitter, o governo afirmou que ela “está difamando a imagem do país no exterior”.

 Petra Costa deu entrevista para a emissora CNN Internacional. Disse, entre outras coisas:

Amazônia: a região “está num ponto de inflexão no qual pode virar uma savana a qualquer momento”.
Onda de fake news: “De repente, o PT começou a receber perguntas se era verdade que sua candidata a vice-presidente fazia rituais satânicos. Muitos brasileiros estavam acreditando em coisas surreais nesse nível e mudando os seus votos nos últimos minutos por conta dessas fake news”.
Evangélicos: “[Bolsonaro] se aproveitou de alta taxa de homicídios prometendo matar criminosos e de uma grande onda evangélica contra os direitos homossexuais, o feminismo e os negros, todos esses ideais da extrema-direita que têm crescido no Brasil”.
Negros: afirmou que há 1 genocídio negro em curso promovido pela polícia do Estado do Rio.
Para justificar as críticas ao documentário, Wajngarten afirmou que a “obrigação da Secom” é “defender todos os interesses do Brasil, do presidente e dos ministros”. Afirmou que a estratégia foi exitosa.

“Todos os temas de interesse da população brasileira, que estiverem sendo objeto de narrativas mentirosas, fantasiosas e ilegítimas, cabe a Secom contra-atacar e responder.”

QUEM É FABIO WAJNGARTEN
O chefe da Secom tem 44 anos. É advogado e empresário do setor de pesquisa, planejamento de mídia e métricas de aferição em todos os meios de comunicação. Fez MBA (grau acadêmico de pós-graduação) em Serviços de Marketing na Escola Superior de Propaganda e Marketing (2001-2002), em São Paulo.

Wajngarten tem experiência no contato com anunciantes, agências, veículos e empresas de pesquisa. Até assumir a comunicação do Planalto, em abril de 2019, atuava como sócio-fundador da empresa Controle da Concorrência (FW Comunicação e Marketing), que mede e verifica a veiculação efetiva de publicidade.

O secretário é cofundador do Instituto Liberta, que combate a exploração sexual de crianças e adolescentes. O Liberta fez campanha de conscientização no Carnaval de 2019, tendo a atriz e apresentadora Sabrina Sato como protagonista.

Wajngarten é judeu e foi fiel apoiador de Bolsonaro na campanha presidencial em 2018. Ajudou em contatos da comunidade judaica. Em 2019, foi para Israel por conta própria quando o presidente da República visitou o país. É membro também do Conselho Internacional do Hospital Hadassah de Jerusalém e presidente da instituição no Brasil.