Estancar o ralo da corrupção, investir numa política de atração de investimentos e replicar no Estado as experiências vividas em Palmas e que considera exitosas é a receita que o candidato a governador Carlos Amastha (PSB) apresenta para trazer o Tocantins de volta aos trilhos do desenvolvimento. Durante sabatina realizada em conjunto pelo Jornal do Tocantins, Jornal Daqui e Rádio CBN Tocantins, o governadoriável fala sobre o início tumultuado de sua candidatura em que num período de aproximadamente 48 horas foi homologado candidato, desistiu de concorrer e voltou atrás da desistência.

Segundo Amastha, o que ocorreu no início da campanha foi em virtude de fatos que aconteceram e desarticularam um projeto que vinha sendo construído - a saída de dois partidos de sua base, PCdoB e PTB. “Voltei atrás nesta decisão, foi um momento pontual e isolado”, diz o candidato afirmando que tem controle emocional de sobra. “Não estou onde estou por falta de estabilidade, sou muito focado nos meus objetivos e não desisto nunca”, garante.

Oposição

Durante a sabatina, Amastha faz duras críticas ao candidato à reeleição, governador Mauro Carlesse (PHS), e diz que a forma de administrar do opositor é equivocada e tem fins eleitoreiros. Em sua opinião, em todas as áreas faltam gestão e compromisso com o Estado.

Para Amastha, problemas que afligem a administração pública, a exemplo da dívida do Igeprev, da retenção pelo governo do que é descontado em folha dos servidores - como os empréstimos consignados e os pagamentos do planos de saúde - é uma atitude criminosa. “Venho da iniciativa privada e hoje sou um político com muito orgulho, mas trago alguns princípios. Em determinados momentos nós empresários passamos por crises e foram muitas crises, mas uma coisa que jamais um empresário fez foi mexer em retenção de servidores. Isso que este governo está fazendo é coisa para cadeia”, afirma o candidato.

Amastha - alegando que tem por base afirmações do próprio Ministério Público Eleitoral - garante que as investigações contra o governo Carlesse são suficientes para que ele seja cassado, no caso de ser eleito. “A nossa economia não aguenta mais um governador cassado. A gente tem que virar esta página, mostrar para a iniciativa privada que o Tocantins é viável e garantir segurança jurídica”, diz o candidato acrescentando que é necessário fazer o bolo crescer e a única fórmula para isto será fazendo a economia crescer com políticas de atração de investimento e garantindo segurança jurídica para os investidores, tanto internos quanto externos.

Coligações

Razão de críticas e rachas, inclusive dentro de seu grupo político original, Carlos Amastha garante que conseguiu formar a aliança dos sonhos para esta eleição a governador. De acordo com ele, ter Oswaldo Stival (PSDB) já era um desejo acalentado desde 2016, logo após as eleições de prefeito quando iniciou seu projeto de candidatar-se a governador. “Ele é o vice dos sonhos, representa o setor produtivo e é do mesmo partido de Cinthia Ribeiro, que foi minha vice-prefeita em Palmas e hoje ocupa o cargo de prefeita me substituindo”.

Sobre as chapas majoritárias, ele faz referência direta ao fato de uma ala do partido estar descontente com os rumos das alianças fechadas, ao arrepio de seus principais líderes. “O MDB é maior que Marcelo Miranda e acredito que já ficou claro que o candidato dele é o Carlesse e não eu”. Amastha diz que lamenta que os antigos aliados do PC do B e do PTB estejam em outras chapas e comenta o fato de o Ministério Público Eleitoral ter recomendado que a aliança do PC do B seja considerada nula. “Iniciamos o processo juntos e desejei que tivéssemos juntos até o fim”.

Perfil

Carlos Henrique Franco Amastha, 58 anos, nasceu em Barranquilha, na Colômbia, e naturalizou-se brasileiro há 35 anos. Empresário, chegou à capital do Tocantins há mais de 15 anos, onde criou um sistema de educação a distância e um shopping center. Em 2012 elegeu-se prefeito de Palmas para o mandato 2013-2016 e reelegeu-se para um segundo mandato 2017-2020, mas renunciou em abril de 2018. Disputou a eleição suplementar ao governo do Tocantins, mas ficou no primeiro turno. Carlos Amastha é casado com Glô Amastha, tem três filhos e quatro netos. 

Clique abaixo e confira a entrevista em áudio com o candidato Carlos Amastha (PSB):