Em meio ao fogo cruzado do governador Mauro Carlesse (PHS), que quer uma nova licitação, e do Ministério Público Federal (MPF) questionando o contrato assinado com a Rivolli em 2015 para a construção da nova ponte de Porto Nacional, a empresa defende a legalidade de sua contratação e a continuidade do contrato para que possa entregar uma nova ponte.

“A empresa está alinhada ao governo e quer ajudar, no sentido de que quer dar continuidade ao contrato”, disse, em entrevista por telefone ao Jornal do Tocantins, o advogado da empresa, Ariosto Mila Peixoto. “A Rivoli tem certeza que o reinício das obras vai economizar muito mais tempo e prioriza o interesse público”, completa, ao negar qualquer irregularidade apontada pelo MPF na recomendação para que o Estado anule a licitação que a escolheu e o contrato com vigência até junho de 2020.

“A Rivolli ganhou a licitação para construir a nova ponte, em processo legítimo, em que ganhou com uma diferença de R$ 27 milhões, mais econômica, em relação ao segundo colocado”, afirma Peixoto.

Ele também rebate informações divulgadas de que a Rivoli tenha construído a atual ponte, deteriorada pela reação química da água o lago em contato com material regional usado na construção, e defende a qualidade dos serviços da empresa. “A Rivoli tem toda a capacidade para executar a ponte, está pronta e preparada e está aguardando  apenas o reinício para continuar fazendo todos os projetos e aí, de fato iniciar a execução física da obra”.

Antieconômica

Na avaliação de Peixoto, manter a empresa vai beneficiar os recursos públicos. “Se houver rescisão e uma nova licitação vai demorar cerca de um ano para escolher a empresa e depois ao começar executar alguma, vai ter que fazer novos projetos e só após começar a parte física da obra”, pondera.  

Segundo Peixoto, a empresa construiu um canteiro de obras e deu início aos projetos de engenharia e, em caso de rescisão, ele aponta dois efeitos imediatos. “Qualquer rescisão contratual tem dois efeitos imediatos, vai ter que pagar a Rivoli por tudo o que ela fez e, segundo, a empresa vai buscar uma indenização”.

“A Rivoli não quer criar um embate com o governo, não quer transformar a imprensa num campo de batalha, mas queremos explicar de forma amigável que está à disposição do governo para executar a obra”, conclui.

Projeto

O JTo conseguiu acesso ao processo licitatório em que é possível ver, no projeto vencedor, que a nova ponte foi projetada para ser construída ao lado da atual.