“Jamais”, disse o deputado estadual Eli Borges (Pros), ao ser questionado pelo Jornal do Tocantins se se considerava homofóbico. Ontem, nota de repúdio de sua autoria, contra cena de beijo entre duas mulheres exibida recentemente na televisão, foi aprovada pela Assembleia Legislativa com o apoio de outros 11 parlamentares - metade do Legislativo tocantinense. Só Eduardo Siqueira Campos (PTB) e Zé Roberto (PT) foram contra a proposta. Houve três abstenções e sete parlamentares não participaram da sessão, conforme informações da Assembleia. Já a assessoria de Mauro Carlesse (PTB) disse que ele não participou da votação. Eli Borges repetiu várias vezes que não é contra o homossexualismo, mas considera inapropriada a exibição de cenas que tratem do tema em veículos de massa. Para ele, é preciso evitar “(...) cenas que têm como única finalidade afrontar os princípios da família tradicional”, segundo sua nota oficial. A repercussão na Assembleia não foi tão intensa como nas redes sociais. Comentários foram registrados em postagens sobre o assunto, ora criticando, ora defendendo a postura dos parlamentares. Arrependido? Eli disse que não. “Estou preparado para o debate.” Em seu terceiro mandato, Eli também tem espaço como líder em outra assembleia, a de Deus. Na igreja, é pastor. Evangélicos, em sua maioria, discordam da relação homossexual. Mas o parlamentar garante que não foi motivado por sua condição religiosa, e sim pela defesa da família formada por casais heterossexuais. “Discordo, mas respeito quem faz outra opção íntima. (Colaborou Valmir Araújo)-Imagem (1.813616)-Imagem (1.813621)