Após sair de uma visita ao presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (PSDB-MG), o candidato à reeleição a presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), cobrou há pouco equilíbrio do adversário do partido Luiz Henrique (SC). O catarinense acusou Renan de praticar "atos de desespero" por ter articulado a posse do suplente do senador Jader Barbalho (PMDB-PA) de última hora para não perder voto. Fernando de Castro Ribeiro (PMDB-PA) tomou posse nesta sexta (30) à noite.

"Eu acho que estamos a poucas horas da eleição e é preciso demonstrar equilíbrio e ter confiança na vitória, nós estamos trabalhando nisso", afirmou Renan, em rápida entrevista na saída do gabinete de Aécio. O presidente do Senado estava acompanhado do senador Romero Jucá (PMDB-RR), seu aliado político.

Renan disse não ter pedido votos para Aécio Neves na conversa. Pouco antes, o tucano havia fechado um acordo em que se compromete que a bancada do PSDB votará no catarinense.

O candidato à reeleição preferiu dizer que não sabe se atrapalha sua candidatura o fato de o PSDB ter anunciado apoio a Luiz Henrique. Ele disse que os partidos se vão se posicionar, mas destacou que o resultado da votação só ocorrerá após a contagem dos votos. A eleição é secreta e está prevista para ocorrer amanhã (1) à tarde.

Questionado se concorrência entre dois candidatos deixará "sequelas", Renan disse que a disputa "é normal, natural e democrática". "Nós tivemos 15 votos na bancada, o que significa 80% (de apoio). De modo que a unidade no PMDB está garantida", disse.

Renan classificou essa eleição - a quarta que disputa - como a mais interessante por não estar enfrentando um "candidato avulso", que não foi indicado pelo partido. "O inédito é exatamente isso", completou.