A Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva, afirmou que irá ingressar na próxima terça-feira com uma representação na Procuradoria-Geral da República (PGR) pedindo que ela requeira ao Supremo Tribunal Federal (STF) o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara. Ontem, o PPS também disse que irá recorrer ao Supremo, na semana que vem, com pedido semelhante.

De acordo com o deputado Alessandro Molon (RJ), líder da Rede na Câmara, o objetivo é assegurar que o Conselho de Ética da Câmara possa funcionar “livre de qualquer tentativa de interferência” da presidência da Casa.

Na última quinta, Cunha e aliados recorreram a manobras previstas no regimento da Casa para derrubar a sessão do Conselho de Ética que faria a leitura do relatório preliminar de seu processo de cassação.

O líder do PPS, Rubens Bueno (PR), disse ontem que vai ingressar, também na próxima terça-feira, com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento de Cunha do comando da Casa. No mandado de segurança, o deputado vai apontar situações que demonstram a interferência do peemedebista no andamento do processo no Conselho.

Bueno chegou a consultar outros líderes de bancadas, que preferiram não apoiá-lo em seu pedido antes de se reunirem com suas bancadas na próxima semana.

Não será a primeira vez que um deputado recorre à Justiça para tentar afastar Cunha da Presidência da Câmara. Sílvio Costa (PSC-PE) entrou, em 22 de outubro, com uma representação na PGR nesse mesmo sentido. Ainda não obteve resposta.

Histórico

Cunha já foi denunciado pela Procuradoria-Geral sob a acusação de participação no esquema de corrupção da Petrobras. Também é investigado por ter ocultado patrimônio milionário no exterior.