Um dia depois dos emedebistas Marcelo Miranda e Eduardo Gomes desenharem em Araguaína, norte do Tocantins, uma pretensa união de “oposicionistas” à gestão estadual, como divulgou o Portal CT, ao lado dos ex-prefeitos de Araguaína Ronaldo Dimas (Podemos) e de Gurupi Laurez Moreira (Avante), a direção nacional do Partido dos Trabalhadores também fez um gesto político a favor de Paulo Mourão, pré-candidato do PT ao governo do Tocantins.Em Palmas, durante encontro com jornalistas na manhã desta quinta-feira, 18, o secretário de Relações Internacionais do PT, Romenio Pereira, disse que estava na capital para se reunir com os dirigentes e parlamentares com mandato para “reafirmar o compromisso da direção nacional do PT com a candidatura de Paulo Mourão ao governo”.Questionado sobre um possível isolamento da pré-candidatura de Mourão e confrontado com as eleições passadas em que o PT renunciou à candidatura própria, o secretário garantiu que a direção nacional está empenhada no processo de garantir a candidatura de Mourão. “É o único nome, até o momento, como pré-candidato no norte do País, que a direção nacional aposta que vai governar um dos estados brasileiros a partir de 2023”.Pereira adiantou que a presidente do partido, Gleisi Hoffmann e o ex-presidente Lula virão ao Tocantins, provavelmente em março ou abril do ano que vem. Segundo o dirigente, o petista virá ao Tocantins durante uma viagem ao Pará e Amazonas e discutirá o Tocantins integrado à Amazônia e o papel da região no cenário mundial.O pré-candidato, por sua vez, disse não temer o isolamento de uma futura candidatura e avaliou que as composições com outros partidos deverão seguir o que o partido definir na candidatura do próximo ano à presidência e disse não acreditar numa oposição unida.Mourão não poupou críticas ao grupo que se reuniu em Araguaína. “Ou são da base do atual presidente ou são da base do governo do Estado que saiu, o Carlesse, ou são da base do atual, Wanderlei Barbosa”. O pré-candidato discorreu sobre um projeto de Estado para o Tocantins, que destacou ter começado a ser construído em Recursolândia, município com o menor IDH do Estado. “Eles (ao se referir a outros pré-candidatos que estavam em Araguaína, na quarta-feira, 17) eles se reúnem como agrupamento do poder, discutem entre eles, sem segmento social”, criticou. “Não temos como dialogar com esse pessoal porque o que nós queremos é mudar tudo. O que eles defendem é o que nós queremos mudar”, acrescentou. “Nossa aliança é com o povo, com a sociedade”, disse.O secretário de relações do partido disse que se reuniu com deputados estaduais do partido, o presidente regional Zé Roberto (PT) e Amália Santana e com a vereadora da capital Solange Duailibe e ficou definido que quem vai conduzir o processo de 2022 será o presidente regional, Zé Roberto. “Junto com Paulo Mourão, vai conduzir o processo para a construção de um vice, um nome para o Senado e a ampliação da Câmara dos Deputados e da Assembleia Legislativa.”