O Partido Socialista Brasileiro (PSB) e o Partido Social Democrático (PSD) entraram nesta quinta-feira, 29, com duas ações contra o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) para pedir inelegibilidade por abuso do poder econômico e político e uso indevido do meio de comunicação social. O vice Laurez Moreira (PDT) e a candidata ao Senado, Professora Dorinha (União) também são citados na ação.O PSB não tem candidato nem se coligou com candidato a governo, mas apoia Ronaldo Dimas (PL) e aponta na ação uma doação eleitoral no valor de R$ 50 mil, realizada pela empresa Hosptech Comércio de Equipamentos Médico-Hospitalares Ltda, fornecedora do governo. Também aponta a contratação de mais de 15 mil pessoas nos três meses antes do período vedado pela lei eleitoral.A ação do PSB cita também que um dos contratados temporariamente, identificado como Ernandes André Sousa, doou R$ 10 mil para a campanha de Wanderlei, que disputa a reeleição.Outra imputação é a contratação de possíveis cabos eleitorais por empresas terceirizadas que prestam serviços ao governo. O caso citado é da UNI-SOS Emergências Médicas de R$ 40 milhões. A empresa aluga veículos com motoristas, mas o partido aponta que o governo possui este “profissionais em seu quadro de servidores”.O processo movido pelo PSD, que tem como candidato ao governo Irajá, é a quarta Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) e expõe o de 50 servidores públicos efetivos, comissionados e contratados “desempenhando funções eminentemente eleitorais em benefício das candidaturas”. Com vários prints de redes sociais sobre reuniões políticas, a ação cita sustenta que desde o início da campanha eleitoral o governador se utilizou de “número incontável” de servidores em desvio de finalidade. Outro trecho afirma que o governador usa indevidamente os meios de comunicação porque as matérias institucionais veiculadas nos diversos meios de comunicação “são produzidas pela Secom, está sempre associado às propagandas eleitorais no horário eleitoral gratuito e redes sociais”.A assessoria de imprensa do governador afirma que as doações eleitorais estão dentro da lei e seguiram os procedimentos estabelecidos pelo Tribunal Superior Eleitoral. A nota também repudia “as tentativas inverídicas e infundadas de tentar tumultuar o processo eleitoral através de uma onda de denuncismo”.A assessoria jurídica considera que ações são frágeis e "sem embasamento jurídico digno de maior relevância". Para a defesa de Wanderlei, as ações serão julgadas improcedentes "como as outras".