Na última terça-feira, 27, os deputados estaduais aprovaram um projeto que torna as atividades escolares essenciais no Tocantins, mesmo com os decretos de emergência ou calamidade pública relacionados à pandemia do novo coronavírus, causador da Covid-19. Estão incluídas na matéria as atividades educacionais, aulas presenciais nas unidades das redes pública e privada de ensino; municipal, estadual e federal, relacionadas a educação infantil, ensino fundamental, nível médio, educação de jovens e adultos, ensino técnico, ensino superior e afins.Segundo o projeto, de autoria do deputado Olyntho Neto (PSDB) e apresentado à Casa de Leis no dia 1° de fevereiro deste ano, como serviço essencial, as aulas ficam isentas de suspensão durante a pandemia. Entretanto, a matéria leva em consideração a possibilidade de diferentes níveis para a presença física de estudantes, professores e demais funcionários nas escolas e que “sejam respeitadas as medidas de preservação da segurança, cumprindo todos os protocolos de saúde e ainda dando a liberdade aos pais ou responsáveis de escolherem pela modalidade de Educação à Distância, quando disponível”, como destacado no texto.O projeto aprovado ainda dispõe sobre a inclusão dos profissionais da educação nos grupos prioritários para vacinação contra a Covid-19.Além do projeto do deputado Olintho Neto, há outras duas matérias semelhantes em tramitação. Assinado pela deputada Luana Ribeiro (PSDB), o PL nº 307/2021 dispõe sobre considerar a educação como atividade essencial no âmbito do estado do Tocantins. Já o PL 305/ 2021, de autoria do deputado Eduardo do Dertins (Cidadania) dispõe sobre a inclusão de professores da rede estadual, municipal e privada, que estejam atuando, nos grupos prioritários para vacinação.O projeto aprovado ainda deve passar por análise e sanção do governador Mauro Carlesse (PSL).RecomendaçãoNo último sábado, 23, o Ministério Público Estadual (MPTO) emitiu recomendação ao Governo do Estado e aos municípios que retomem as aulas presenciais em toda a rede pública. As promotorias citam os prejuízos causados aos alunos pela distância das salas de aula, que vão desde problemas sociais até de ordem psíquica, e pedem o retorno das aulas presenciais, levando em consideração os protocolos sanitários contra a doença.A previsão para início do ano letivo é a próxima segunda-feira, 3 de maio, segundo informou a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), mas as aulas estão previstas para o formato online, a princípio.Em resposta à recomendação na última segunda-feira, 26, a pasta destacou que segue as orientações do Comitê de Crise de Combate e Prevenção à Covid-19, e dos órgãos de saúde competentes, para a possível retomada das aulas presenciais na rede estadual, bem como os decretos governamentais.Também informou que elaborou um plano com todas as diretrizes de segurança para o retorno das aulas presenciais, mas que, por conta do agravamento da pandemia no Estado, houve o planejamento para que o ano letivo tivesse início em formato online, e que poderá mudar esse planejamento de acordo com a situação epidemiológica no Tocantins.