O senador Fernando Collor de Mello (Pros-AL) tomou a palavra no plenário do Senado na tarde desta segunda- feira (14) para se pronunciar a respeito de operação deflagrada na sexta-feira (11) pela Polícia Federal.

Agentes da PF cumpriram mandados em Maceió (AL) e em Curitiba (PR) para investigar suposto envolvimento do ex-presidente da República em esquema de lavagem de dinheiro por meio da compra de imóveis em leilões públicos.

Collor de Mello protestou que “o processo penal não pode converter-se em instrumento de arbítrio estatal, tampouco de palanque a serviço de conveniência autopromocional de inquisidores ocasionais e justiceiros de plantão”.

Durante seu discurso nesta 6ª feira, o senador disse também ter sido vítima de uma “insana e inverossímil” acusação, além de afirmar que “procurador não é juiz”.

“Tenta-se, criminosamente, ligar coisa alguma a lugar nenhum, tentando me utilizar, de forma espúria, como ponte imaginária. Repilo, portanto, com veemência essa sórdida acusação. Não tenho absolutamente nada a ver com essas aquisições”, reclamou.

DESAFIO

O congressista desafiou as autoridades competentes a divulgarem provas contra ele. “Abram o jogo e discutam à luz do dia! Deixem o ambiente de sigilo e da fofoca! Exibam fatos!” disse.

A ação da PF contra o senador foi autorizada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Luiz Edson Fachin. Ao todo, 70 policiais federais cumpriram 16 mandados de busca e apreensão.