Cuidar das pessoas, com ênfase na melhoria do sistema público de saúde, é a prioridade número um do candidato a governador do Tocantins, Vicentinho Alves (PR) na eleição suplementar que acontece em 3 de junho. Ele diz que pretende descentralizar a rede, inverter a lógica de funcionamento dos hospitais, dotando os Hospitais de Pequeno Porte (HPP) de insumos e equipamentos para que as pessoas possam ser atendidas nos próprios municípios, sem necessidade de se deslocar para centros maiores. ”O sistema será todo informatizado, não vamos ter almoxarifado dentro do Hospital Geral de Palmas e o paciente terá acesso ao medicamento por meio de uma pulseira com código de barras”, explica acrescentando que o Ministério Público e a Justiça terão acesso em tempo real. “Assim, evitaremos a judicialização”, diz.

Para evitar prejuízos à educação, Vicentinho compromete-se em manter os contratos de todos os professores que estão trabalhando. “Vamos enxugar os excessos, não vamos inviabilizar a educação”, garante. Ele diz ainda que sua intenção é descentralizar os recursos por entender que cada escola tem suas necessidades próprias e de acordo com cada região do Estado. Sobre uma ação que possa resolver o problema da seca no Sudeste, o candidato diz que pretende contar com o auxílio do Ministério da Integração Nacional. Segundo ele, uma das ações que podem ser tomadas de imediato é o barramento do Rio Arraias. “Essa ação já resolve o problema da seca na região Sudeste. Entre medidas paliativas que tenham resultados imediatos, o candidato cita a escavação de cacimbas e poços artesianos e o uso de caminhões-pipa para atender as necessidades mais urgentes da população.

Para retomar condições de crescimento do Estado, o candidato diz que é necessário voltar a investir em infraestrutura, uma vez que as estradas encontram-se em péssimas condições de trafegabilidade, inclusive pondo em risco a vida das pessoas. Ele explica que de saída será necessário ver de que recursos o Estado dispõe, organizando o Departamento de Estradas e Rodagens do Tocantins (Dertins), que hoje estaria sucateado. “Temos máquinas paradas por falta de bateria, de pneus. Precisamos ver o que é possível recuperar para saber do que dispomos”, enfatiza.

Em sua opinião, é necessário cuidar das fronteiras do Estado. “Vamos embelezar os acessos ao Tocantins, hoje está tudo descuidado, feio. Depois disso vamos fazer a ligação das cidades que ainda não estão ligadas por asfalto. Ele cita o exemplo de Taipas, município do Sudeste tocantinense. “É uma cidade pequena, mas que acaba de receber uma indústria de fosfato e terá um tráfego de 80 caminhões/dia”, destaca.

Para a segurança pública, Vicentinho planeja buscar apoio do Governo Federal e parcerias, inclusive com a iniciativa privada. “Precisamos recompor a tropa, trabalhar com a Secretaria de Segurança Pública e com os setores de inteligência”, afirma. Questionado sobre o fato de o Estado quase ter perdido recursos para construção de presídios como o Serra do Carmo, o candidato diz que pretende investir mais em escolas. “Quero substituir presídios por escolas. Quando oferecemos educação, a criminalidade diminui”, pondera acrescentando que mesmo assim irá ao Ministério da Justiça e Segurança Pública para garantir a manutenção da verba.

Em relação ao Estado ter ultrapassado o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, o candidato reafirma que irá enxugar a máquina, mas cortando excessos. Já na relação com o servidores públicos, ele diz que duas situações precisam ser resolvidas imediatamente: os repasses do Igeprev, nem que tenha que anexar patrimônio do Estado ao Instituto e abrir negociação sobre as dívidas com a categoria. Sobre o Estado ter tido o empréstimo da União negado, Vicentinho diz que deve procurar reverter a situação. “Podemos contrair o empréstimo com responsabilidade. O que não devemos é gastar mais do que arrecadamos”, afirma.