Faltando dois dias para se completar um mês que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) afastou o governador Mauro Carlesse (PSL) o procurador-geral de Justiça, Luciano Casaroti, lembrou a incumbência do cargo que ocupa de promover o inquérito civil público, quando a autoridade a ser investigada é o governador do Estado, e instaurou um inquérito civil para investigar se o chefe do Executivo cometeu improbidade administrativa no "suposto aparelhamento da Segurança Pública do Estado do Tocantins".O afastamento de Carlesse completará 30 dias no sábado, 20. Os 12 ministros da Corte Especial do STJ referendaram a decisão do relator das investigações, o ministro Mauro Campbell Marques, de tirar o governador do Palácio Araguaia por 180 dias. Carlesse é investigado como chefe de uma organização criminosa que cobrava propinas de empresários da saúde, prestadores de serviço do Plano de Saúde dos Servidores do Estado e de aparelhar a Secretaria da Segurança Pública (SSP) para impedir investigações sobre seu grupo aliado, por meio da Polícia Civil.O documento, datado de 17 de novembro, saiu na edição de ontem (18) do Diário Oficial do Ministério Público do Tocantins.De acordo com a portaria, Casaroti determinou entre as diligências iniciais a remessa de um ofício ao ministro do STJ Mauro Campbell Marques, relator dos inquéritos contra Carlesse, "para solicitar o compartilhamento de provas colhidas em sede de investigação criminal para serem utilizadas, como prova emprestada, neste Inquérito Civil Público".