O presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM) e prefeito de Brasilândia do Tocantins, João Emídio (sem partido), é um dos gestores que deixaram o partido no qual foi eleito. No caso dele, o PSD.

Ele diz que os prefeitos mudam de sigla principalmente para garantir apoio a suas administrações e por um maior espaço político.

Emídio garante que estar na base do governador, deputados e senadores é importante para garantir recursos para as prefeituras, seja por meio de convênios e parcerias com o Executivo, seja através das emendas parlamentares.

“A mudança partidária não é para ser natural. O correto é o prefeito se manter no partido que foi eleito”, pondera.

Emídio ressalta que um dos problemas é a saída “dos cabeças” do partido - ou seja, os líderes centrais que muitas vezes têm mandato eletivo -, levando muito dos filiados para a nova sigla. “Infelizmente a ideologia partidária não vigora.” Ele lembra que sua saída do PSD se deu após a senadora Kátia Abreu, hoje ministra da Agricultura, ter trocado a sigla que fundou no Tocantins para se filiar ao PMDB.

“O erro começa na filiação, pois o dirigente partidário não explica qual é a ideologia do seu partido, suas bandeiras, ele procura é volume”, diz.

O prefeito revela ainda que os dirigentes vão de cidade em cidade montando os diretórios partidários com as pessoas disponíveis para se filiar na sigla.