Os custos econômicos com o combate e com as consequências da criminalidade no país subiram de R$ 113 bilhões para R$ 285 bilhões entre 1996 e 2015. Isso equivale a incremento real médio de cerca de 4,5% ao ano.

Os dados e constatações estão no relatório “Custos Econômicos da Criminalidade no Brasil”, divulgado ontem pela Secretaria Especial de Assuntos Estratégicos, da Presidência da República. O estudo aponta ainda que os custos da criminalidade no Brasil correspondem a 4,38% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas pelo país.

De acordo com o relatório, apesar do aumento dos gastos com segurança pública nos últimos 20 anos, o retorno social de tal aumento foi limitado e houve crescimento nos índices de homicídios no país, passando de 35 mil para 54 mil.

Segundo o estudo, para cada homicídio de jovens de 13 a 25 anos, a perda da capacidade produtiva é de cerca de R$ 550 mil. A perda cumulativa de capacidade produtiva decorrente de homicídios, entre 1996 e 2015, superou os R$ 450 bilhões.

Em cerimônia no Palácio do Planalto, o secretário especial de assuntos estratégicos da Presidência da República, Hussein Kalout apresentou os dados e disse que é preciso mais resultados com menos gastos.