-Imagem (1.2016968)A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (PSDB), demonstrou perplexidade com a forma e o teor do Decreto 6.083 editado pelo governo do Estado na segunda-feira, que muda a estratégia de enfrentamento ao coronavírus ao recomendar aos prefeitos a adoção da flexibilização do comércio e de serviços que não são essenciais e o isolamento seletivo.“Recebo com tamanha perplexidade. Escrever em decreto o que é de responsabilidade do município? Nenhum prefeito participou do “comitê de crise” do palácio. Não fomos ouvidos e não sabemos quais dados levaram a tomada de decisão do governo e referendada pelo TJ, OAB, MPE, DPE e TCE”, escreveu a prefeita em sua conta no Twitter.Em entrevista à TV Anhanguera nesta terça-feira, se declarou desfavorável ao decreto e questiona o embasamento da medica. “Quais foram esses dados, de que forma eles foram analisados por esse comitê, pelo próprio governador e pelos órgãos de controle externo que até ontem nos exigiam um posicionamento ainda mais rígido no cumprimento de todas as normas de isolamento social e hoje flexibilizaram”, disse.Em outra postagem no Twitter ela falou especificamente sobre a posição de órgãos como Tribunal de Justiça, Ministério Público e Tribunal de Contas. “Maior perplexidade ainda é o posicionamento dos órgãos de controle, pq até ontem exigiam de Palmas e de outros municípios medidas ainda mais restritivas. E agora? Seguimos qual orientação?”Laurez criticaO prefeito de Gurupi, Laurez Moreira (PSDB) criticou a forma do governo lidar com a reabertura de uma só forma. “O estado tem realidades diferentes não pode dar o mesmo tratamento para cidades isoladas com pouco movimento e outras maiores, que exigem mais cuidado. Faltou cautela”, afirma. O prefeito, que administra a terceira maior cidade do Estado, afirma que o decreto não altera isso a rotina da cidade que tem adotados medidas de restrição a alguns setores do comércio, mas mantendo algumas atividades em aberto. “Aqui já tínhamos tomada algumas providências e flexibilizando um pouco, com cautela, com acompanhamento diário da situação, então não altera em nada o que já desempenhamos”.Porto: texto dá sensação de normalidadePrefeito de Porto Nacional, Joaquim Maia (PV) também demonstrou surpresa pelo nível de generalidade da normal. “Me surpreendeu, porque me pareceu generalizado, trata como uma situação praticamente ao normal”, criticou. “A flexibilização é algo que já vinha sendo trabalhado com o comércio e comunidade e com muito critérios, junto ao comércio ao estabelecimento com série de regras para controlar e não com essa sensação de normalidade que o decreto do governo transmite”, afirma Maia.Ele disse que se reuniu com a equipe de acompanha a crise e prepara um decreto que será publicado na quarta-feira, disciplinando a flexibilização. “Vamos fazer em termos mais rígidos, descrever as regras do comércio, manter ainda a condição de encaminhamento com obrigações e responsabilidades para quem abrir, controle de acesso para tentar diminuir a percepção da normalidade, para evitar que se tenha esse sentimento de que normalizou tudo”.Araguaína: governo está alinhadoPor meio da assessoria de imprensa, o município de Araguaína informa que já vem adotando as medidas previstas pelo decreto do governo estadual. Segundo a assessoria , a gestão do governador Carlesse se alinha à gestão da Prefeitura de Araguaína, uma vez que o município já adotou medidas que flexibilizam o comércio local.