(Atualizada às 12h27 de 28/04/2017)

Em uma rede social, o prefeito Carlos Amastha disse que iria descontar quatro dias do servidor municipal que se ausentasse ao trabalho nesta sexta-feira, em apoio à greve geral que acontece em todo o País. Ele disse, ainda, que “um mutirão para controlar o ponto” seria feito.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Palmas (Sisemp) emitiu uma nota de repúdio ao posicionamento do prefeito e afirma que “a atitude demonstra a vontade de enfraquecer um movimento que visa à permanência de direitos fundamentais do trabalhador e vai de encontro à nota técnica do Ministério Público do Trabalho que recomenda o não corte de ponto, em respeito ao direito à greve”.

Em outras postagens na mesma rede social, no entanto, Amastha alega ser “ABSOLUTAMENTE (sic) a favor do direito e dever das manifestações populares em prol das nossas lutas”.

Confira o tweet:

 

Coletiva

Questionado na manhã de hoje se haveria o corte de quatro dias do servidor municipal que faltasse, o prefeito afirmou esse ser o entendimento dele. "Eu entendo que quem falta um dia útil perde o direito ao final de semana e ao feriado subsequente. Vou falar com a Procuradoria Municipal para ver se existe um embasamento legal para essa minha decisão, caso seja positivo, vamos proceder", afirmou.

Ele ainda alerta que é "preciso pensar nas decisões durante processos eleitorais", uma vez que "este governo e o que saiu foram eleitos pela maioria dos brasileiros", diz o gestor afirmando que as pessoas têm se manifestado de forma errada eleitoralmente.

"Além dessa tremenda crise moral-política, estamos vivendo a pior crise econômica na história do Brasil, não tem precedentes, nem a Depressão dos anos 1930, então eu acho que um pouco de bom senso não faz mal. O 1º de maio está aí que é o dia de protestar, fazer uma festa linda da democracia, hoje não. Hoje é sexta-feira, nós temos que trabalhar. A cidade não pode parar quatro dias e esse mês foi cheio de feriados e isso afeta a nossa economia", finaliza.