A Polícia Civil concluiu o inquérito referente operação Ongs de Papel, que investiga suspeita de lavagem de dinheiro de emendas parlamentares em três cidades do Tocantins: Araguaina, Palmas e Ananás. Conforme apurado pela TV Anhanguera, Iuri Vieira Aguiar, presidente do Instituto Prosperar (Ipros), Iury Rocha da Silva e o operador financeiro João Paulo Silveira foram indiciados quatro vezes por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Segundo a investigação, o Ipros é apontado como beneficiário de pelo menos R$ 15 milhões de emendas parlamentares entre 2015 e 2018 para eventos como festa de aniversário das cidades, vaquejadas e shows e lavar o dinheiro por meio de empresas que só existem no papel.

Ainda segundo apuração, as investigações se restringiram a quatro convênios, ou termos de colaboração, sendo que nesses convênios o Ipros teria repassado valores para a GM Locações, de responsabilidade de Silveira. Iury Rocha está solto, entretanto colabora com a Polícia Civil na investigação, Iuri Aguiar e João Paulo continuam presos.

Entre os detalhes do inquérito está o fato de o nome de um morador de rua do município de Pau D’arco, distante 411 km de Palmas, ser registrado como o proprietário de 12 empresas que realizam movimentações milionárias, inclusive com os recursos de emendas parlamentares.

À TV Anhanguera, as defesas de Iury Rocha e Iuri Aguiar informaram que não iriam se manifestar, e a de João Paulo deve se pronunciar após analisar o inquérito. O próximo passo da policia analisar a quebra de sigilo bancário das empresas para confirmar os nomes de todos que podem ter se beneficiado no esquema.