As 26 pessoas investigadas pela Operação Greenfield foram denunciadas pela Procuradoria da República no Distrito Federal (DF), que apura irregularidades nos fundos de pensão da Caixa Econômica Federal (Funcef), Correios (Postalis) e Petrobras (Petros). Agora fica a critério da Justiça, após as fases de depoimentos e análise das provas, decidir se os investigados se tornarão réus de uma ação penal.

O Ministério Público pede nas denúncias as penas de prisão para os investigados e também reparação de R$ 3,1 bilhões aos cofres públicos. Esse valor corresponde a três vezes o que foi desviado, segundo a operação.

Segundo os procuradores da força-tarefa da Greenfield, Postalis, Funcef e Petros fizeram aportes milionários em um fundo de investimento, chamado Multiner, que comprovadamente tinha uma situação de "desequilíbrio e incapacidade financeira". Foi assim que, os três fundos de pensão perderam dinheiro, e o Multiner conseguiu verba de forma indevida.  

De acordo com as denúncias, o esquema irregular foi montado por diretores dos fundos de pensão, representantes do Multiner e executivos de empresas que elaboraram laudos falsos atestando que as operações de aporte se tratavam de um bom negócio.

Os procuradores explicam que foram contratadas instituições sem qualquer experiência que pudesse fundamentar investimentos milionários com recursos de terceiros.  Ainda segundo constatado pelas investigações as pretensas empresas de consultoria eram especializadas em design de interiores. Agora, as 26 pessoas foram denunciadas, na medida da participação de cada um, nos crimes de gestão fraudulenta, gestão temerária ou desvio de recursos em proveito próprio ou de terceiros.