Suposto esquema de fraudes envolvendo a implantação do Bus Rapid Transit (BRT), em Palmas, é investigado pela Polícia Federal (PF). A Operação Nosotros, deflagrada no dia 10 de novembro, cumpriu 22 mandados, sendo 12 de condução coercitiva e 10 de busca e apreensão, que foram cumpridos no Tocantins, Paraná e em Santa Catarina. Entre os ouvidos pelo delegado Rodrigo Borges, está o prefeito da Capital Carlos Amastha (PSB), secretários municipais, representantes de imobiliárias, empresários da Capital e servidores da Prefeitura.

Segundo a PF, a Prefeitura teria disponibilizado informações privilegiadas para empresas que participaram da concorrência da licitação do BRT e servidores, ao lado de grandes imobiliárias, estariam pressionando os proprietários para que cedessem, a título gratuito, de parte de suas terras, para pessoas ligadas ao esquema. Uma das formas de pressão seria a cobrança exorbitante do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Na época, por meio de nota, a prefeitura negou que as supostas pressões estariam acontecendo e segundo o advogado de Amastha, Leandro Manzano, a denúncia teria partido de um proprietário de terras que deve um alto valor em IPTU.

Segundo o delegado, a PF tem depoimentos de proprietários de terras que estariam sendo pressionados a repassarem as mesmas para terceiros.

A denúncia foi feita pelo Ministério Público Federal (MPF) e o inquérito policial foi aberto. “Analisando os dados técnicos, verificou-se que algumas imobiliárias, que a princípio não teriam afinidade com o projeto, estariam subsidiando empresas que iriam participar, e não estávamos entendendo isso. Após o avanço das investigações, uma testemunha explicou.”