O presidente interino, Michel Temer (PMDB), disse neste sábado (30) que a Olimpíada do Rio será fundamental para promover a unidade do país e a paz internacional.

"Tenho convicção de que a Olimpíada servirá para irmanar, fraternizar o Brasil como um todo, mas também revelar o Brasil mais uma vez aos olhos internacionais."

Temer participou neste sábado (30) da inauguração da linha 4 do metrô, que tem 16 km de trilhos e cinco estações entre Ipanema, zona sul, e a Barra da Tijuca, zona oeste.

Em palanque montado na estação, Temer disse que o Rio vai mostrar ao mundo que o Brasil é capaz internamente e internacionalmente. Segundo ele, o esporte revela a "capacidade do país".

"O Rio de Janeiro é hoje a capital do Estado, mas, a partir do dia 5 [de agosto, abertura dos Jogos] será a capital do mundo", disse Temer.

Ao lado do governador interino, Francisco Dornelles (PP), do governador licenciado Luiz Fernando Pezão (PMDB) e do prefeito Eduardo Paes (PMDB), Temer viajou da praça General Osório, em Ipanema, até a estação Jardim Oceânico, na Barra, onde chegou às 11h14.

Considerado um dos maiores legados em mobilidade que o Rio ganhará com os Jogos Olímpicos, a linha 4 foi também uma das mais polêmicas por causa dos atrasos.

Ela vai transportar 300 mil pessoas por dia, o que pode retirar 4.000 veículos por hora/pico em circulação entre a Barra da Tijuca e a zona sul.

As obras, que começaram em 2010, custaram R$ 10,4 bilhões, dos quais R$ 8,5 bilhões com recursos do governo do Estado e o restante da concessionária Rio Barra.

Apesar do atraso da inauguração, Paes disse repetidas vezes que foi um "milagre" ter construído tudo em seis anos. Ele citou o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), ausente da inauguração. Segundo ele, Cabral teria circulado recentemente pelas estações para conhecer as obras.

Cabral foi convidado, mas não compareceu. Documentos da Lava Jato indicam que o ex-governador recebeu R$ 2,5 milhões de propina da Odebrecht relacionadas à obra. Cabral nega.

Temer disse no discurso que o câncer de Pezão (PMDB), que vem sendo tratado há pelo menos cinco meses, teria sido "coisa útil".

"Há coisas que parecem maléficas, mas que vêm para o bem. Você está melhor do que antes, está até mais bonito. Acabou sendo uma coisa útil para o Pezão", disse Temer, em tom de brincadeira.