Morto nesta quinta-feira aos 76 anos, vítima de um ataque cardíaco, Marco Aurélio Garcia nasceu em Porto Alegre, no dia 22 de junho de 1941, e fez parte da ala intelectual que ajudou a fundar o Partido dos Trabalhadores (PT), em 1980, e chegou a compor os governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, na condição de assessor especial para assuntos internacionais.

Formado em Direito e Filosofia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UGRGS), com pós-graduação na Escola de Altos Estudos e Ciências Sociais de Paris, era professor aposentado do Departamento de História da Unicamp. Também foi professor na Universidade do Chile, na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, e nas Universidades Paris VIII e Paris X, na França.

No PT, foi vice-presidente entre 2005 e 2010, chegando a ocupar assumir temporariamente a presidência em 2006, após afastamento do então presidente do partido, Ricardo Berzoini. Garcia também foi secretário de Relações Internacionais do partido, em 1990, e foi um dos organizadores e fundadores do Foro de São Paulo, que reúne representantes da esquerda da América Latina e Caribe.

Além disso, o petista foi secretário de Cultura nos municípios de Campinas (1989-1990) e São Paulo (2001-2002). Nas eleições de 1994, 1998 e 2006 coordenou o Programa de Governo do Presidente Lula, e também o Programa de Governo da Presidente Dilma Rousseff na eleição de 2010.

O intelectual ganhou notoriedade em 2007 após ter sido flagrado fazendo um gesto obsceno enquanto assistia ao "Jornal Nacional". Na ocasião, o telejornal transmitia reportagem em que se noticiava a descoberta de uma falha técnica no avião da TAM que caiu no aeroporto de Congonhas, em São Paulo, naquele ano.