O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), liberou depoimento do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles à PGR (Procuradoria-Geral da República) nos autos da Operação Akuanduba, sobre suspeita de advocacia administrativa (uso da administração pública para defesa de interesses particulares) e favorecimento de exploração ilegal de madeira na Amazônia. A investigação quebrou os sigilos fiscal e bancário do titular da pasta do governo Bolsonaro no último dia 19 de maio. “A Polícia Federal, no decorrer da investigação e a seu critério, procederá à oitiva do ora requerente, na medida em que for necessária à elucidação dos fatos investigados“, escreveu o ministro. “Não há óbice, cumpre ressaltar, à eventual iniciativa da Procuradoria-Geral da República no sentido de ouvir o requerente, se assim entender pertinente, em atendimento à sua função institucional”.Moraes é relator da Operação Akuanduba, que apura crimes de corrupção, advocacia administrativa, prevaricação e facilitação de contrabando.Salles foi alvo de buscas e teve os sigilos fiscal e bancário quebrados por ordem de Moraes. O titular do Meio Ambiente classificou a diligência como “desnecessária” e negou irregularidades.Na terça-feira (1º), Salles pediu a Moraes que prestasse depoimento diretamente à PGR, comandada por Augusto Aras, juntamente com representantes da PF. A defesa do ministro disse que a medida ajudaria a esclarecer “cabalmente” os fatos investigados.