Após as polêmicas sobre o leilão da BR-153, em reunião com o governador do Tocantins, Mauro Carlesse, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, afirmou que nesta terça-feira, 27, que se não fosse o atual modelo de concessão para a rodovia, no entre Alianças (TO) e Anápolis (GO), o leilão provavelmente não atrairia interessados. O momento contou também com representantes da bancada federal do Estado.A data do leilão do trecho é esta quinta-feira, 29, conforme reforçado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e o Ministério da Infraestrutura (Minfra) em aviso de pauta enviado à imprensa já no início da noite desta terça. O evento será às às 14 horas na B3, em São Paulo (SP).Ainda durante a reunião da tarde com os representantes do Tocantins, o ministro informou que na segunda-feira, 26, duas empresas entregaram propostas na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, que serão conhecidas na quinta-feira (29). "Graças a Deus adotamos esse modelo", afirmou.Freitas também destacou que poderia ter atuado de forma política e procurado atender todas as demandas no primeiro ciclo. Porém, isso traria problemas para o futuro da concessão. "Se eu coloco essa duplicação na largada ia jogar a tarifa para cima e tirar a atratividade", afirmou.Nas redes sociais, o Governo do Tocantins publicou sobre a reunião, que também tratou de outros projetos. Nesta terça-feira, 27, o governador @MauroCarlesse está em Brasília (DF), em reunião com o Ministro da @MInfraestrutura, Tarcísio Freitas, para tratar sobre projetos importantes para o Tocantins, entre eles, a concessão da ️ BR-153, também conhecida como Belém-Brasília. pic.twitter.com/Y8bxUR7IQv— Governo do Tocantins (@governoTO) April 27, 2021O Jornal do Tocantins questionou o Governo Estadual sobre seu posicionamento com relação ao caso após a reunião e aguarda retorno.Ainda no último dia 16, o Estado informou que tinha solicitado uma audiência com o ministro Tarcísio Freitas para tratar sobre o processo de concessão da rodovia BR-153 e também o começo das operações do pátio multimodal da Ferrovia Norte-Sul em Gurupi. O governador queria que o Tocantins recebesse o mesmo tratamento que o Goiás quanto às benfeitorias previstas na concessão. Carlesse ainda defendia que a construção da duplicação deve ter início de maneira simultânea nos dois estados. “Entendemos que o processo de concessão da BR-153 é um ganho para o Tocantins devido às benfeitorias que virão, no entanto, queremos o mesmo tratamento de Goiás. Não pode haver tratamento diferente no que diz respeito à duplicação da rodovia. O edital prevê que Goiás receba a duplicação nos primeiros dez anos, e no Tocantins só depois de 20 anos. Sendo que, aqui, já pagamos pedágio desde o início da concessão. Isso não é justo com nosso Estado", disse na época.CasoA bancada federal tocantinense no Congresso Nacional protocolou um requerimento na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) pedindo a impugnação do Edital de Concessão n° 01/2021, A bancada também havia protocolado uma representação no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo mudanças no Edital de Concessão. A redação também entrou em contato com a assessoria do líder da bancada que disse que não houve convite para participar e o líder não sabe do que se tratou essa reunião. Acesse mais sobre o caso aqui.