A 9ª Promotoria de Justiça da capital abriu Inquérito Civil Público para apurar se há improbidade administrativa praticada pelo conselheiro e corregedor do Tribunal de Contas (TCE) Severiano José Costandrade de Aguiar durante a construção do anexo da sede do órgão na capital.A portaria de instauração tem como base as investigações da Polícia Federal sobre crimes de peculato e lavagem de dinheiro em tramitação no STJ (Superior Tribunal de Justiça). Além do inquérito, já concluído, a promotoria cita a denúncia oferecida na ação penal nº 1059 pelo Ministério Público Federal.A ação no STJ tem como alvos também Bartolomeu Alba Garcia, Cleusa Alves Teixeira Maia, Marcelo Costa Maia, Marcelo José Franca Rosa, Oscar de Souza Sá e Wagner Ferreira, mas eles não são citados no inquérito do Ministério Público, apenas Severiano Costandrade. De acordo com a portaria de instauração publicada no Diário Oficial Eletrônico do Ministério Público (DOMP), na quinta-feira, 29, o documento considera representação anônima datada do dia 19 de abril do ano passado com dados das investigações da Polícia Federal. Os atos podem redundar em improbidade administrativa, segundo a promotoria.Assinada pelo promotor Vinicius de Oliveira e Silva, a portaria pediu ao ministro relator da denúncia contra o conselheiro no STJ, ministro Og Fernandes, as cópias digitais da denúncia e todos os documentos relacionados à investigação vinculada que possam ser remetidos.Também determina informar oficialmente ao presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Andre Matos, ao Ministério Público de Contas a instauração do inquérito “para as providências que julgarem cabíveis no âmbito disciplinar”.O JTo procurou o corregedor por meio da assessoria de imprensa durante toda a manhã desta sexta-feira, 30, mas a informação do órgão é que o conselheiro se encontra em evento fora do Estado. O espaço segue aberto para manifestação.