Em um discurso para cerca de 300 lideranças evangélicas, a candidata à Presidência Marina Silva (PSB) defendeu ontem, o Estado laico, a bandeira da “diversidade” e afirmou que nunca, durante toda a sua trajetória de vida, misturou política e religião.

Já no início da sua fala, ela diferenciou o que chama de “político evangélico” do “evangélico político”. Argumentou que o primeiro instrumentaliza a fé para influenciar as pessoas, enquanto o segundo sabe que não é correto fazer isso.

“Algumas pessoas têm a visão equivocada de que, pelo fato de eu ser evangélica, eu iria transformar os púlpitos das igrejas em palanques ou transformar os palanques em púlpitos”, disse a candidata, que é ligada à Assembleia de Deus e costuma ministrar cultos na igreja que frequenta em Brasília.

Adaptação

Marina também afirmou que não vai adaptar o seu discurso para agradar a comunidade evangélica, mas ressaltou que não abre mão de professar a sua crença.

“Devemos dizer entre quatro paredes aquilo que dizemos nos telhados. Quando eu digo, lá fora, que defendo a diversidade, eu a defendo também aqui dentro. Não tenho um discurso para cada ambiente, não tenho regra de conveniência e de circunstância”, disse a candidata do PSB.