A candidata à Presidência Marina Silva (PSB) disse na tarde de ontem, que em eventual governo pretende promover a arte, “em toda sua pluralidade”. A candidata participou de um evento com entidades culturais de diversas áreas por cerca de quatro horas. A ex-senadora comprometeu-se a ampliar o investimento do Estado em cultura, sem, no entanto, definir um porcentual da receita - como fez com a saúde, ao prometer 10% da receita bruta da União.

Segundo Marina, setores reivindicaram uma destinação de 2% do orçamento à cultura, mas afirmou que a decisão dela e da equipe foi por ampliar recursos sem definir um porcentual. Marina lembrou ter tido uma passagem pelo mundo artístico, com uma experiência com teatro amador no Acre, e brincou sobre sua participação como “cacto” em uma encenação da obra Morte e Vida Severina. Durante o evento, a candidata afirmou ter feito o importante “exercício da escuta” e da “escuta interessada” ao ouvir as demandas e posições dos cerca de 20 porta-vozes culturais que discursaram.

Entre eles, esteve o cineasta Fernando Meirelles, que afirmou não ver necessidade de mexer na estrutura de produção cinematográfica e audiovisual no Brasil. A fala de Meirelles foi contestada pela do presidente do Conselho Brasileiro de Cineclubes, João Pimentel, que disse que o cineasta apresentou uma visão dos produtores.