A Justiça acolheu o argumento do Ministério Público de que o ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz estava embaraçando a apuração sobre organização criminosa que envolveria o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). A obstrução desse tipo de investigação é também um crime, definido na lei das organizações criminosas. A pena para esse delito é de três a oito anos de prisão.

O mandado de prisão especifica ainda outra acusação contra Queiroz: lavagem de dinheiro, cuja pena é de 3 a 10 anos de prisão para cada conduta de lavagem.

Queiroz foi preso preventivamente na manhã desta quinta-feira (18), em Atibaia, em São Paulo, em um imóvel que pertence ao advogado Frederick Wassef, que defende Flavio Bolsonaro da acusação de rachadinha e mantém relações próximas com o presidente Jair Bolsonaro.

Por fim, o mandado de prisão fundamenta a prisão com base no artigo 312 do Código Penal, que diz que a prisão preventiva pode ser "decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado". O documento não dá detalhes, no entanto, de o que o acusado fez.