Um mês após ser citado nas delações da Lava Jato, o governador  Marconi Perillo (PSDB) convocou imprensa hoje pela manhã para se defender das acusações de caixa dois feita por delatores no âmbito da Operação lava jato. O governador de Goiás apontou diversas contradições nas delações dos ex-executivos da Odebrecht.

O tucano confirmou que se encontrou com o ex-presidente do grupo, Marcelo Odebrecht, com Alexandre Barradas e diversos ex-dirigentes da Odebrecht entre os anos de 2010 e 2014, todavia, o principal tema das reuniões não foram as contribuições as campanhas eleitorais do tucano em 2010 e 2014, mas a obra do  Aeroporto da capital. Ele afirmou que todas as doações do grupo estão registradas no Tribunal Regional Eleitoral (TER) e que não houve contrapartida por parte de seu governo à empreiteira. Marconi salientou, por diversas vezes, que não há nenhum contrato entre a Odebrecht e seu governo. Em 2010, a Odebrecht doou R$ 300 e em 2014 o valor ultrapassou os R$ 2 milhões.

Durante sua fala, Marconi alegou que sua defesa será embasada nas contradições existentes nas delações, que na avaliação do governador, vêm ganhando muito importância dentro da investigação. O tucano comentou que antes o delatar era mal visto e hoje as delações estão tendo grande importância.

Para sustentar sua fala, o governador apresentou vários trechos das delações nas quais ele apontava as contradições. Ele exibiu onze vídeos e expôs dados das doações que foram registradas no TRE.

Sobre a doação de R$ 50 milhões, citada por um dos delatores. Marconi comentou que esse montante representaria o valor a ser gasto na campanha do PSDB em todo o Estado em 2014. O governador alegou que ele pode ter mencionado esse valor durante uma conversa com o delator.

Operação Monte Carlo

Em relação à denúncia que o Ministério Público Federal apresentou ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) relacionado à operação Monte Carlo, de 2012, , Marconi afirmou que sua inocência será provada a partir do  processo que moveu contra o jornalista Luiz Carlos Bordoni, que foi condenado  a indeniza-lo. Ainda de acordo com Marconi, sua defesa no STJ se embasará no resultado positivo obtido junto ao processo movido contra Bordoni.