Dois investigados na Operação Urutau, deflagrada pela Polícia Federal nesta terça-feira, 1º, foram liberados após passarem pela audiência de custódia na Justiça Federal, em Palmas. Já o terceiro preso na ação teve a prisão temporária mantida. Todos são investigados por supostamente fazer parte de uma organização criminosa de lavagem de capitais e desvios de recursos públicos. Luciano de Carvalho Rocha, primo do ex-governador, Marcelo Miranda, teve a prisão temporária mantida pelo juiz federal, já que o Abe entendeu que o investigado, em tese, colaborava com atos de lavagem de dinheiro e que, supostamente, controla uma empresa em nome de um suposto laranja.Já Guilherme Costa de Oliveira e Kamile Oliveira Salles, conforme o juiz João Paulo Abe, prestaram todos os esclarecimentos necessários e por isso não precisavam ficar preso. No caso de Kamile, esposa de Luciano de Carvalho Rocha, ainda, a liberação levou em consideração o fato dela ter dois filhos menores de idade.OperaçãoAproximadamente 15 policiais federais cumpriram quatro mandados de busca e apreensão e três de prisão temporária da Operação Uruatau nesta terça-feira. A ação é desdobramento da operação “Reis do Gado”, deflagrada pela PF em 2016. O juiz Abe também decretou quebra de sigilo bancário e fiscal dos investigados e buscas na casa do cunhado do então governador, Marcelino Leão Mendonça.Conforme a PF, a organização desviaria recursos públicos e faria lavagem de capitais por meio de “laranjas” e “testas-de-ferro”, com o objetivo de dissimular e ocultar a origem ilícita dos recursos e a real propriedade de bens e empresas. Após um desdobramento da Reis do Gado, que teve a família Miranda como alvo, a Polícia buscou aprofundar as investigações, tendo como foco um dos eixos da organização criminosa. Eles faziam isso, desviando dinheiro oriundo de contratos públicos, além de ativa participação no processo de lavagem desses recursos, falsificando documentos e utilizando empresas em nome de “laranjas” ou “testas-de-ferro”. Os prejuízos com contratos públicos ligados às empresas falsas podem ultrapassar R$ 50 milhões. O nome da Operação faz referência ao pássaro Urutau, conhecido como o rei da camuflagem. (Colaborou Lauane dos Santos). -Imagem (1.1166946)