José Edmar Brito Miranda, pai do ex-governador Marcelo Miranda (MDB), está liberado para sair à noite e aos finais de semana e ainda reiterou o direito do mesmo de visitar os filhos na prisão. A decisão é do juiz federal substituto da 4ª Vara Federal Criminal da Justiça Federal em Palmas, João Paulo Abe, atendendo ao pedido feito por Brito Miranda.Na decisão, no entanto, o juiz nega o pedido da defesa para que as visitas ao filho Brito Miranda Júnior na Casa de Prisão Provisória de Palmas, ocorram em uma sala especial, longe dos demais detentos e visitantes. “No entanto, o requerimento de regime de visita especial na unidade prisional não merece acolhimento. (…) A esse respeito, saliento que a organização de uma unidade penitenciária é ato complexo, preordenado a assegurar a integridade física dos detentos e dos demais colaboradores do sistema prisional. Fixada essa premissa, não se revela recomendável determinar a visitação do requerente fora dos parâmetros definidos pelo sistema prisional.”No caso do ex-governador, ele está preso numa sala do Estado Maior no Quartel de Comando Geral da Polícia Militar.O juiz lembra na decisão, que a visita aos filhos nunca foi proibida. Na audiência de custódia, devido ao estado de saúde de Brito Miranda, a Justiça decidiu conceder liberdade provisória ao mesmo, condicionada ao estrito cumprimento das medidas cautelares: Recolhimento domiciliar em período noturno, e aos fins de semana; Proibição de manter contato com os demais investigados vinculados à ação penal, com exceção dos seus filhos; Fiança, no valor de 200 (duzentos) salários mínimos; e informar ao juízo qualquer modificação de seu endereço.EntendaAs prisões do ex-governador e do irmão dele fazem parte da operação “12º Trabalho”, deflagrada pela Polícia Federal (PF). A ação investiga uma organização criminosa envolvida em várias operações da Polícia Federal, suspeita de manter um sofisticado esquema de corrupção.Os crimes envolvem apropriação de bens públicos, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais. A PF e o Ministério Público Federal estimam que a organização criminosa causou prejuízos da ordem de mais de 300 milhões de reais aos cofres públicos.Ainda segundo a corporação, a ação é resultado de um trabalho conjunto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal.