Um oficial de Justiça da Rio de Janeiro esteve nesta quarta-feira (20) no hotel Porto Bay, no Rio de Janeiro, para conferir se o contraventor Carlinhos Cachoeira estava no local, cumprindo prisão domiciliar. O oficial de Justiça cumpria determinação do desembargador federal Abel Gomes, relator dos pedidos de habeas corpus apresentados por cinco réus envolvidos na Operação Saqueador, da Polícia Federal. Carlinhos Cachoeira estava no quarto junto com um advogado quando o oficial de justiça chegou.

Segundo a assessoria de Imprensa do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), o desembargador foi informado que o réu teria deixado o local na tarde de sábado (16), sem autorização judicial.

Em seu despacho, Gomes determinou que o oficial de justiça  apurasse se o réu "tem saído do local e para onde tem se dirigido, colhendo a assinatura do mesmo no mandado de constatação, registrando-se a hora em que isso se deu, assim como tudo o mais que entender cabível para o esclarecimento do fato constante da decisão". E continua: "Ora, o descumprimento das condições validamente fixadas (...) tem repercussão na revogação das medidas cautelares alternativas à de prisão preventiva", esclareceu Abel Gomes.

O relator também encaminhou ofício à Superintendência da Polícia Federal preste informação sobre o monitoramento do acusado. Ontem, segundo Carlinhos cachoeira, dois agentes da PF também tinham estado no hotel.

Em novo despacho, o desembargador Abel Gomes comunicou ao  Ministério Público Federal sobre a diligencia e pediu que o órgão avaliasse a conveniência da instauração de um inquérito policial para apurar a ausência de vigilância da Polícia Federal no local.