O juiz Luiz Zilmar dos Santos Pires rejeitou todos os pedidos de suspensão do processo e de absolvição dos réus da ação penal em que o Ministério Público acusa o empresário João Coelho Neto, 37 anos, o autônomo Wolney Max de Souza, o “Rosquinha”, 52 anos, e o policial militar Rodrigo Westphan de Jesus, 28 anos, de empregar grave ameaça e violência em suposta extorsão contra o empresário José Gomes de Sousa Neto, conhecido como Neto Gomes, 43 anos. A tentativa, de acordo com a denúncia, era para conseguir 50% do valor de um contrato de R$ 3 milhões firmado pela empresa da vítima com a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) para fornecimento de 40 mil cestas básicas para distribuição em ações contra a pandemia de Covid-19.Nas respostas às acusações do Ministério Público, Wolney Max, Rodrigo Wetphan e João Neto pediram a nulidade da decisão que recebeu a denúncia. Para eles, faltou fundamentação do juiz e justa causa para o processo. Os três também pediram absolvição sumária, isto é, sem que fosse preciso instrução do processo. João Neto também pediu que, se mantido o processo, que não o respondesse por extorsão, mas que o crime fosse desclassificado para “exercício arbitrário das próprias razões”, com penas mais leves. O juiz rejeitou todos os pedidos e manteve a decisão que tornou os três réus, por extorsão e marcou a primeira audiência de instrução e julgamento para o dia 16 de agosto, às 14 horas.De acordo com Luiz Zilmar, a denúncia ministerial cumpriu os requisitos previstos em lei para ser recebida, por possuir a exposição dos fatos com suas circunstâncias, a qualificação dos acusados, a classificação dos crimes e o rol de testemunhas.Luiz Zilmar também afirmou, na decisão, que as respostas apresentadas pelos réus não contêm elementos suficientes para a absolvição sumária do trio e é preciso que haja instrução processual para que fique comprovada eventual culpabilidade ou inocência dos réus.